Uso de marcadores microssatélites na análise de produtividade em Melipona scutellaris (Hymenoptera: apidae: meliponini)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Teixeira, Romison de Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7414534746883101
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
BR
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2252
Resumo: No Brasil existem mais de 190 espécies de abelhas da tribo Meliponini, com destaque para o gênero Melipona que são as mais visadas para produção de mel e pólen. Dentre as espécies nativas, a abelha sem ferrão Melipona scutellaris Latreille, 1811 conhecida popularmente como Uruçu do Nordeste, destaca-se como economicamente útil, constituindo sustento de diversas famílias brasileiras que exploram seus produtos com a atividade de criação denominada Meliponicultura. No entanto, os criadores fazem a multiplicação intensa das colméias sem atentar para o valor da seleção ou melhoramento genético como fator de aumento da produtividade. Este trabalho objetivou utilizar locos microssatélites para comparar colônias de Melipona scutellaris após seleção genética visando possível correlação entre marcador e colméias mais e menos produtivas. Foram amostradas 30 colônias (cinco abelhas operárias adultas/colônia) de uma geração F2 classificadas como mais e menos produtivas para mel e pólen, mantidas e cultivadas no meliponário da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, cidade Cruz das Almas - BA. O DNA total das amostras foi extraído e amplificado por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) utilizando 10 locos microssatélites heterólogos para a avaliação, sendo dois desenvolvidos para M. bicolor e oito desenvolvidos para M. seminigra. A genotipagem foi realizada com auxilio de sequenciador automático e os dados obtidos analisados em programas de estatística descritiva. Todos os locos microssatélites geraram produtos de amplificação via PCR. Os locos microssatélites se mostraram polimórficos com um total de 56 alelos diferentes, com tamanhos e frequências variadas. Os locos desenvolvidos para M. seminigra e amplificados pela primeira vez em M. scutellaris, apresentaram heterozigosidade observada superior e um número de alelos maior quando comparado com o número de alelos e heterozigosidade observada encontrados na espécie de origem dos primers. Observou-se alelos de alta frequência nas duas classes de colônias. A média da heterozigosidade observada e a média da diversidade genética para todos os locos avaliados apresentaram valores próximos para as duas classes de colônias. A maioria dos locos se apresentou em equilíbrio de Hardy-Weinberg e, pelas altas frequências de alelos encontrados nas duas classes de colônias reforçam a idéia que microssatélites podem estar ligados a genes importantes. Observaram-se alelos exclusivos com frequências e tamanhos variados para ambas as classes. Desta forma, não é possível inferir com segurança que estejam relacionados com a produtividade em M. scutellaris, necessitando de mais estudos nesta área.