Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Salvi, Luciana Rita Bellincanta |
Orientador(a): |
Alves, Maria Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2269
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Resumo: |
A presente pesquisa, é fruto da investigação realizada acerca do diálogo tecido entre a Educação Infantil e a Pedagogia Freireana, construído por meio de uma pesquisa bibliográfica e ilustrados com recortes empíricos coletados via observação participante num centro de Educação Infantil, que contribuem na discussão sobre a construção do conceito de autonomia na infância. O acercamento do objeto de investigação, foi norteado pelo objetivo central de identificar as contribuições da pedagogia de Paulo Freire para a construção da criança como sujeito autônomo no âmbito da Educação Infantil e, dos seguintes objetivos específicos provenientes das questões de pesquisa: i.) deslindar o que é a autonomia na perspectiva da teoria pedagógica de Paulo Freire; ii.) compreender que elementos a teoria freireana oferece para a organização de uma prática educativa voltada para a construção da criança como sujeito autônomo no âmbito da Educação Infantil. O conseguimento dos objetivos delimitados, foi alicerçado pelo materialismo histórico-dialético, considerando a estreita ligação teórica, epistemológica e metodológica com a Pedagogia Freireana, valendo-nos das contribuições de Kosik (2002); Gadotti (1995) e Frigotto (2004), através de análise rigorosa dos alicerces basilares dos princípios de totalidade, movimento e contradição. Por meio da pesquisa bibliográfica, efetuamos um détour em 12 obras fulcrais de Freire: (1959),(1977), (1979), (1989), (1992), (1993), (1998), (2006), (2013a), (2013b), (2015) e (2017a), onde mapeamos eixos fundantes que possibilitaram a compreensão do objeto investigado, sendo: a transposição de uma concepção bancária de educação para uma concepção problematizadora e libertadora dos sujeitos pela educação; a autonomia enquanto negação à malvadez da lógica neoliberal; a autonomia é o amadurecimento do ser para si, a autonomia é a busca da compreensão crítica do mundo pela dialogação entre os sujeitos e por fim, a autonomia se funda na vivência da tensão equilibrada entre a autoridade e a liberdade. Os resultados conferem indicativos de que é possível tecermos diálogos entre a infância e a Pedagogia Freireana, evidenciando que a maneira como Freire constrói o conceito de autonomia, viabiliza a orientação de práticas educativas democráticas voltadas à promoção do sujeito autônomo na Educação Infantil, todavia, a prática educativa, é marcada por contradições, observando-se momentos em que são fomentadas ações promotoras da autonomia e em outras circunstâncias, desafios a serem repensados, demandando a reflexão crítica e comprometida com a promoção de uma educação problematizadora e libertadora dos sujeitos, que não se rende a oferta de um ensino propedêutico para o Ensino Fundamental, que compreende a organização dos espaços e dos tempos da infância como necessários à promoção de desenvolvimento humano integral e não como atendimento ao modelo fabril instituído no espaço educativo e, por fim, que compreende que a autonomia é um imperativo ético, portanto, se constrói em inúmeras vivencias democráticas, das mais simples as mais complexas, que facultem às crianças para optarem, se posicionarem, terem voz ativa e decidir responsavelmente, enquanto seres para si, de seu querer e vontades, portanto, os educadores, exercem um papel central neste processo formativo humano. Palavras-chave: Autonomia. Educação Infantil. Pedagogia Freireana. |