Casa familiar rural : um estudo no território da Cantuquiriguaçu/pr

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Anelize De Souza Muller
Orientador(a): Leandrini, Josimeire Aparecida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
Departamento: Campus Laranjeiras do Sul
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2169
Resumo: Diante do fechamento das Casas Familiares Rurais no Estado do Paraná, faz-se necessário discutir e conhecer os elementos que permeiam a formação por Alternância e as contradições que emergem desse processo. A partir da realidade vivenciada nas CFRs da Cantuquiriguaçu, e na a trilha de seus egressos. Este trabalho, objetiva verificar as etapas que envolvem as formações desenvolvidas nas CFRs, os elementos de ensino proposto pela Pedagogia da Alternância, explorar os fatos que levaram o fechamento destas escolas, ainda reavivar as discussões a cerca das formações oferecida pelas CFRs e trazer apontamentos que possam contribuir para a reestruturação dessas escolas e para o avanço da Educação do Campo como eixo promotor da Agroecologia, que enquanto matriz produtiva torna-se fomentadora do Desenvolvimento rural sustentável fundamental para agricultura familiar campesina. A metodologia utilizada é descritiva, qualitativa e foi realizada a partir de observações participante. Conclui-se que as CFRs contribuem para permanência do jovem no campo, na perspectiva de trabalho, porém, não dá conta formação critica, politica e social de seus egressos de efetiva. Aponta ainda, que essas instituições só vão realmente atender a sua vocação de formar de um sujeito efetivamente autônomo, se estiverem imersas em ações de politicas públicas comprometidas com o desenvolvimento rural sustentável no âmbito de uma politica territorial voltada aos atores locais. Fica claro ainda que a grande maioria dos professores não reconhecem a Pedagogia da Alternância como metodologia de ensino e os conceitos ideológicos a ela atribuído, ficando o processo de ensino a mercê dos conhecimentos e ideologia que o professor e coordenação traz consigo. Dentre os elementos da Pedagogia da Alternância que mais chamaram a atenção principalmente dos egressos, foram os elementos partilha e visitas. Na partilha ele se reconhece como parte de história e vai construindo a sua identidade de jovem do campo e nas visitas ele reconhece o campo como um espaço se para se viver e não morar. Dessa forma mais uma vez reafirmamos que na perspectiva de atuação que se encontra hoje as CFRs, elas tornaram-se uma escola comum, onde não há uma diferenciação na formação política, social e autônoma, tendo como único diferencial a oferta da qualificação profissional que por sua vez também tem sido alvo de decepções, devido a falta de reconhecimento dos órgão de classes responsáveis pela regulamentação das profissões.