Avaliação do potencial antitumoral de compostos fenólicos extraídos da goiaba-serrana (acca sellowiana) em células de melanoma cutâneo sk-mel-28

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gambin, Larissa de Bona
Orientador(a): Bender, João Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Campus Laranjeiras do Sul
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3917
Resumo: A goiaba-serrana (Acca sellowiana), popularmente conhecida como feijoa é uma fruta nativa brasileira considerada uma fruta rica em compostos bioativos (CB). Estes compostos bioativos se destacam pelas propriedades que exercem como atividade antioxidante, antiinflamatória, e de agentes coadjuvantes no tratamento de doenças. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição fenólica e a atividade antioxidante do extrato da goiaba-serrana, genótipo Alcântara, por meio da técnica de extração por ultrassom e líquidos pressurizados (LP), e investigar a ação anticancerígena do extrato em células de melanoma (MC) cutâneo da linhagem SK-Mel-28. Os frutos foram secos em estufa com circulação de ar a 40 °C até massa constante. Posteriormente foram triturados em moinho de facas e peneirados na faixa de 30 a 60 mesh. A goiaba triturada foi submetida ao processo de extração por ultrassom indireto, onde se avaliou, com o auxílio da técnica de planejamento de experimentos as seguintes variáveis de processo: temperatura (°C), concentração de etanol (%), razão sólido/líquido (mg/mL) e potência de ultrassom (%). Os extratos foram avaliados quanto aos compostos fenólicos totais (CFT) - pelo método de Folin-Ciocalteau - atividade antioxidante total (AAT) - pelo método de DPPH - e por cromatografia liquida de alta performance (HPLC) foram quantificados quanto à presença de quatro compostos bioativos: pirocatecol, ácido siríngico, ácido ferúlico e flavona. A atividade anticancerígena foi avaliada pelo método da migração celular expondo as células de MC ao extrato da goiaba-serrana (100, 500, 1000, 5000 e 10000 µg/mL) por 24 e 72 horas. Pelo método de ultrassom o teor de CFT variou entre 11,2 a 34,9 mg AGE/g fruta seca e o maior valor AAT foi de 290,2 µmol TE/g fruta seca. A extração por LP foi o melhor método para a extração dos CFT, atingindo 59,4 mg AGE/g fruta seca. Foi observado que as condições de extração influenciaram na quantificação dos compostos individuais, sendo que a flavona foi o CB majoritário dos extratos, a qual foi detectada em 100% das condições avaliadas. Para a extração dos CFT a concentração de etanol apresentou diferença significativa (p<0,05), enquanto para AAT a potência de ultrassom apresentou diferença significativa (p<0,05). O extrato da goiaba-serrana na concentração de 10000 µg/mL foi efetivo para impedir a migração celular das células SKMel-28, demonstrando potencial como agente coadjuvante para o tratamento de câncer melanoma cutâneo.