Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Moser, Cintia dos Santos |
Orientador(a): |
Bagatini, Margarete Dulce |
Banca de defesa: |
Thomé, Gustavo Roberto,
Kempka, Aniela Pinto,
Silva, Débora Tavares de Resende e |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Campus Laranjeiras do Sul
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2940
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Resumo: |
O consumo de compostos antioxidantes está associado ao consumo de frutas e hortaliças e a baixa ingestão destes é relatada em diversos estudos como um dos fatores de risco para o desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Os antioxidantes são compostos químicos que podem prevenir ou diminuir os danos oxidativos de lipídios, proteínas e ácidos nucleicos causados por espécies reativas de oxigênio (EROs). As pequenas frutas (berries), como morango, amora, framboesa, groselha entre outras, ganham destaque por seu potencial antioxidante. Os berries apresentam uma série de bioativos, entre eles podemos destacar os compostos fenólicos como os ácidos fenólicos, os flavonoides, taninos e estirenos; os carotenoides como os carotenos e as xantofilas; bem como alguns ácidos orgânicos como ácido cítrico, ácido málico e ácido ascórbico. A quantidade dos compostos bioativos nas frutas variam conforme a cultivar utilizada, estágio de maturação, clima, solo e tipo de processamento empregado após a colheita. O objetivo com este estudo foi verificar o potencial antioxidante de extratos de amora e framboesa, de diferentes cultivares e estágios de maturação. Para tal, foram utilizados métodos espectrofotométricos e a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) para a caracterização dos compostos e os métodos DPPH e ABTS para Atividade Antioxidante Total (AAT), bem como testes de viabilidade celular (MTT) e de citotoxicidade (óxido nítrico e mieloperoxidase (MPO)). O método cromatográfico utilizado neste estudo foi validado, e a partir das análises de flavonoides individuais, a aglicona principal encontrada para todas as cultivares de amora-preta estudadas (‘Cherokee’, ‘Guarani’, ‘Tupy’ e ‘Xavante’) foi a quercetina. Cada cultivar de amora apresentou um comportamento distinto quanto ao teor de Compostos Fenólicos Totais (CFT), antocianinas e flavonoides entre os estágios de maturação verde, semi-maduro e maduro. Entre as framboesas a cultivar ‘Heritage’ demonstrou melhores teores de compostos bioativos comparados a ‘Fallgoald’. Os frutos de framboesa no estágio maduro são indicados quando os compostos de interesse forem flavonoides e antocianinas e no estágio verde quando o composto de interesse for CFT para esta cultivar. Não foi possí vel identificar as cultivares com melhor potencial antioxidante , pois diferentes componentes da amostra podem ter apresentado maior afinidade de sequestrar o radical ABTS e outros mais eficientes para o radical DPPH. No entanto, foi possível identificar para cada cultivar, o estágio de mat uração onde o composto antioxidante de interesse encontra se em maior quantidade. Bem como, correl acionar o efeito antioxidante com os compostos bioativos, mostrando que esta relação foi com o teor de CFT, ou seja, um efeito sinérgico dos compostos estudad os. O extrato de amora da cultivar ‘Xavante’ no estágio maduro, não apresentou citotoxicidade, aum entou a viabilidade celular e na nas concentrações de 25, 50 e 100ug/mL não apresentou danos oxidativos às células e as concentrações 25, 100 e 250ug/mL reduziram significativamente a atividade da MPO. O extrato de framboesa da cultivar ‘Heritage’ no estágio comercial, aumentou a viabilidade celular e a as concentrações de 25, 50, 100, e 250ug/mL não apresentaram danos oxidativos às células tratadas por 24 horas. As concentrações 50 e 100ug/mL foram capazes de reduzir significativamente a enzima MPO. Ou seja, a amora preta e a framboesa vermelha apresentaram potencial para uso terapêuti co, sugerindo se assim mais estudos in vivo vivo. |