Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Olga Christina Scandolara dos |
Orientador(a): |
Silva, Ariane Franco Lopes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1141
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Resumo: |
Esta dissertação tem o objetivo de analisar as representações de pessoas com deficiência veiculadas em alguns livros didáticos do Plano Nacional do Livro Didático, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Parte-se do pressuposto que os livros didáticos propagam conhecimentos de senso comum sobre a deficiência e sobre as pessoas com deficiência. O aporte teórico da pesquisa são os estudos de Serge Moscovici (1978, 2007), Jodelet (1989), Valla (2006) e Duveen (2007) sobre o conceito e a função das representações sociais e sobre as diferentes maneiras de veicular as representações pela mídia impressa. O estudo apoia-se também nos trabalhos de Hall (1997), Goffmann (1990), De Rosa (2005) e Eco (2015) sobre o papel da imagem na veiculação de ideias, valores e comportamentos. Considera, ainda, as reflexões de Mauss (2003), Le Breton (2007), Stiker (2009), Courtin, Courtine e Vigarello (2009) e Courtine (2011, 2012) sobre a história do corpo e de suas representações. Autores como Forquin (1993), Apple (2006) e Silva (2010, 2014) subsidiaram o estudo na discussão sobre o currículo. Tratase de uma análise documental, de caráter exploratório, de cunho quantitativo e qualitativo. Os procedimentos metodológicos foram pautados na Análise de Conteúdo de Bardin (1977) e em Bauer e Gaskell (2015). Utiliza-se também o software IRAMUTEQ – Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (RATINAUD, 2009) para fazer análises estatísticas do corpus textual. A investigação identifica os elementos corporais, os equipamentos, as atividades exercidas pelas pessoas com deficiência, os espaços nos quais elas estão inseridas e as maneiras de interagir com outras pessoas, como representativos de quem elas são, do seu papel na sociedade e do seu grau de autonomia. Em um segundo momento, o estudo analisa os textos que acompanham as imagens. O objetivo é refletir sobre o que os elementos imagéticos e os textuais revelam sobre o que se pensa acerca da deficiência e da pessoa com deficiência. As imagens e os textos são catalogados e agrupados em categorias, e algumas comparações são estabelecidas. Os resultados evidenciam a propagação de saberes de senso comum, valores, comportamentos e estereótipos sobre as pessoas com deficiência. As imagens mais comuns mostram essas pessoas em cadeiras de rodas integradas em grupos, com a expressão facial de felicidade. A análise de similitude dos textos indica referências às questões de saúde, de tratamento e das limitações dessas pesssoas. Observa-se, ainda, a falta de correspondência entre textos e imagens, o que pode indicar a pouca intenção em desenvolver uma análise mais aprofundada do problema da deficiência e da inclusão da pessoa com deficiência. O estudo contribui para reflexões acerca dos saberes de senso comum que circulam nas sociedades sobre as pessoas com deficiência e dos possíveis impactos desses saberes na construção de futuras representações. |