De "ares e luzes" a "inferno humano". Concepções e práticas psiquiátricas no Hospital Colônia de Barbacena: 1946-1979: estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Duarte, Maristela Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói, RJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22318
Resumo: Este trabalho faz uma análise das concepções e práticas que influenciaram o Hospital Colônia de Barbacena no período de 1946 a 1979. Utilizando fontes primárias impressas e recursos de história oral por meio de entrevistas buscou-se recuperar as concepções e práticas presentes no campo psiquiátrico mineiro e, principalmente, no Hospital Colônia de Barbacena. Fez-se importante, ainda, buscar em abordagens elaboradas por diversos autores as transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil durante o período enfocado por esse estudo. Estas fontes forneceram substrato teórico que possibilitou uma articulação teórica sobre os desenvolvimentos político (construção da Nação) e econômico (planos de desenvolvimento econômico). Nesse sentido, identificou-se e analisou-se a assistência prestada pelas políticas de saúde e de saúde mental e seus respectivos impactos nas instituições psiquiátricas. Com isso, demonstrou-se que a opção do governo em priorizar a assistência médica individual e curativa em detrimento da saúde coletiva aprofundou ainda mais a precarização dos hospitais psiquiátricos públicos. Além disso, apesar do surgimento de inovações na assistência e no tratamento dos doentes mentais, ainda persistiram aquelas concepções e práticas que sustentavam o modelo manicomial predominante, principalmente nos hospitais psiquiátricos públicos. No caso do Hospital Colônia de Barbacena, notou-se, que o HCB ficou voltado exclusivamente ao controle e ao isolamento dos internos para ali enviados e que muitos deles morreram devido à precarização do asilamento prestado por aquela instituição