Monitoramento tecnológico de kits de diagnósticos, vacinas e tratamentos para a infecção pelo vírus Zika
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/34697 http://dx.doi.org/10.22409/PPG-CAPS.2022.d.08698020704 |
Resumo: | O vírus Zika (ZIKV) é transmitido aos humanos pelos mosquitos Aedes, tendo sido identificado no Brasil em 2015. A infecção pelo ZIKV é assintomática na maioria dos casos, mas pode ocasionar febre, cefaleia, dor muscular, erupção cutânea, síndrome de Guillain Barré (SGB), síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) e morte em fetos e recém nascidos. Foram confirmados 3.715 casos nas Américas de SCZ até 2017, sendo 2.952 no Brasil. Após 2018, a epidemia foi controlada, mas não há medicamentos ou vacinas aprovados contra a infecção pelo ZIKV e ainda existe a possibilidade de novos surtos. Diante desse cenário, o objetivo do presente trabalho é o de realizar um monitoramento tecnológico sobre as tecnologias de vacinas, tratamentos e de diagnósticos do ZIKV com base em documentos patentários, artigos científicos, estudos clínicos e registro de produtos em agências sanitárias. Foram realizadas buscas nas bases Integrity® Clarivate; na base de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); nas bases de testes clínicos Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC), International Clinical Trials Registry Platform (ICTRP) e clinicaltrials.gov; e nas bases de dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Food and Drug Admmistration (FDA). A maior parte dos artigos publicados e das patentes depositadas, localizados na base Integrity®, é originária dos EUA. Junto ao INPI, os depósitos são também majoritariamente americanos, mas as universidades, empresas e instituições de pesquisa e de fomento brasileiras são o segundo maior grupo de depositantes de patentes, com rara presença de empresas privadas brasileiras. Contudo, o Brasil é o líder de registro de kits para diagnóstico do ZIKV na Anvisa. Nesse setor de diagnóstico, notou se ausência de patenteamento e uma baixíssima interação das empresas privadas brasileiras com as universidades públicas e institutos de pesquisa nacionais. Não foram encontrados ensaios clínicos patrocinados por brasileiros, mas importantes estudos pré clínicos e observacionais sobre o uso do sofosbuvir contra o avanço da infecção pelo ZIKV, localizados em artigos e patentes, trazem uma perspectiva para ensaios clínicos de reposicionamento desse fármaco. O produto mais avançado em ensaios clínicos é uma vacina em fase II, patrocinada pelo National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID) dos EUA. A redução nos casos de SCZ, SGB e óbitos a partir de 2018 pelo controle vetorial parece ter influenciado a diminuição da publicação de artigos científicos, o depósito de patentes e os investimentos em testes clínicos. Entende se que a descontinuidade de investimento público e a baixa participação de empresas privadas brasileiras nesse campo são fatores limitantes para o avanço da pesquisa em testes clínicos, sendo esse o maior desafio da pesquisa brasileira para a infecção pelo vírus Zika. |