Reabilitação da área central do Rio de Janeiro: interfaces arquitetônicas e urbanísticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Henrique Brunno Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/23961
Resumo: Nas últimas décadas houve uma grande redução da população das áreas centrais das grandes cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, o que resultou em uma larga degradação do patrimônio edificado e outros problemas urbanos. Apesar destas áreas apresentarem uma infraestrutura urbana consolidada, diversos edifícios encontram-se sem uso ou subutilizados. A busca pelo desenvolvimento sustentável das cidades e a situação atual de degradação e abandono da área central do Rio de Janeiro instigam um estudo sobre a importância da reabilitação deste espaço. Assim, o objetivo geral do trabalho é discorrer sobre a necessidade da reabilitação da área central do Rio de Janeiro, sob a perspectiva das interfaces arquitetônicas e urbanísticas existentes no processo de reabilitação edilícia, com vistas a discutir seu potencial para alcançar à reabilitação urbana, a partir de casos da área central do Rio de Janeiro. A metodologia adotada consiste no levantamento bibliográfico sobre as diferentes escalas de intervenção, observações in loco da área de estudo, pesquisa empírica com agentes específicos, análise dos parâmetros arquitetônicos e urbanísticos, leis e incentivos de reabilitação. Foi realizada uma análise da área central pontuada por cinco edifícios passíveis de reabilitação, ou que já passaram por este processo, que são representativos das questões estudadas. Percebe-se que muitas das intervenções urbanas ocorridas na área central do Rio de Janeiro visaram, prioritariamente, à renovação, que, a partir da demolição dos elementos existentes, busca um novo padrão urbano sem considerar suas preexistências. Nos edifícios estudados, percebe-se que diferentes fatores contribuem para sua reabilitação, como sua localização, sua área construída, sua conectividade à malha urbana, a existência de equipamentos urbanos em seu entorno, entre outros, de forma que o edifício não pode ser considerado como um bem isolado. Apesar de alguns incentivos do governo para a reabilitação de edifícios, como a concessão de incentivos fiscais de isenção de IPTU, alguns fatores parecem dificultar os processos de reabilitação, como a atual recessão econômica do Estado do Rio de Janeiro, problemas cartoriais, falta de padronização dos projetos e as limitações físicas para novos usos ou atendimento às normas edilícias. A reabilitação urbana, apesar de estar em pauta nos últimos anos, ainda tem dificuldade para deixar o papel e ser implementada. Enquanto isso, as cidades continuam seus processos de espraiamento à medida que as áreas centrais se apresentam cada vez mais degradadas e subutilizadas.