O direito fundamental à boa administração e o dever de boa conduta administrativa: reflexões sobre o papel da administração pública em face das garantias procedimentais fundamentais do cidadão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mansur, Júlio Emílio Abranches
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16543
Resumo: O presente trabalho analisa, a partir dos precedentes jurisprudenciais e históricos, o denominado direito fundamental à boa administração, erigido à categoria de direito fundamental na Europa unificada, distinguindo-o a partir de três óticas distintas: a da eficiência da gestão, a da cidadania (ou governança) e a do procedimentalismo (ou processualismo), concentrando o foco nesse último aspecto, cuja relevância acentuou-se no período pós-guerra em razão de fenômenos como a revalorização do contraditório e a proeminência jurisdicional no controle da atuação administrativa. A partir da análise das principais regras, valores e princípios que consubstanciam o direito a uma boa administração sob o prisma procedimentalista, busca-se correlacioná-lo ao dever de boa conduta administrativa, perante o qual se vincula a Administração, não como mera limitação formal aos seus poderes, mas como valor essencial que legitima sua própria atuação dentro do Estado Democrático de Direito. Ao final, são feitas algumas reflexões sobre as possíveis consequências da observância do aludido instituto para o procedimento administrativo e para a Jurisdição Administrativa, especialmente no Brasil