Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Luciana da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25562
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Resumo: |
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara, oficialmente, a instauração de uma pandemia sem precedentes para este início de século XXI. Trata-se da crise pandêmica provocada pela expansão de um novo coronavírus, representante incontestável de perigo eminente à saúde pública. Face a esse cenário, observa-se uma grande mobilização das mídias em geral para a divulgação de informações sobre esta crise sanitária de proporções planetárias. Em vista disso, a população passa a estar exposta ao vírus e, também, a um bombardeiro diário de notícias acerca do tema, advindas de diversas fontes midiáticas – situadas tanto em ambiente impresso, quanto digital. Dentro desse contexto, a presente dissertação de mestrado assume o objetivo mais geral de identificar como é(são) ativado(s) e qual(is) é(são) o(s) imaginário(s) sociodiscursivo(s) que orienta(m) a construção desses roteiros narrativos sobre a doença planetária em capas de dois jornais de enorme circulação no Estado do Rio de Janeiro – O Globo e Extra. Para esse mapeamento, esta pesquisa traça, como objetivos mais específicos, tanto debruçar-se, em perspectiva microtextual, sobre recursos linguístico-discursivos que emergem de notícias de capa dos dois jornais, relativamente ao tema da pandemia, quanto voltar-se, em dimensão macrotextual, sobre o modo de organização estabelecido entre notícias de capa de cada periódico para a composição de uma roteirização narrativa da pandemia do novo coronavírus no período de março de 2020 a dezembro de 2021. Sob uma orientação metodológica de cunho qualitativo, esta pesquisa examina doze diferentes capas de cada jornal selecionado e as analisa com base nos níveis de construção de sentido – do situacional (contrato comunicativo do discurso midiático), passando pelo discursivo (modo de organização narrativo) até o semiolinguístico (operações de nomeação, qualificação, quantificação e ação), ancorados na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, postulada pelo linguista francês Patrick Charaudeau. Além desse autor (2017a; 2017b; 2015a), a pesquisa se serve da teoria oriunda de Moscovici (2017) para o alcance dos imaginários sociodiscursivos orientadores das construções de sentido dentro do corpus analisado. Os resultados do estudo revelam que as roteirizações narrativas construídas por meio do discurso midiático, nos dois jornais em tela, calcadas em diferenciados recursos linguístico-discursivos, apontam para um imaginário sociodiscursivo de esvaziamento quanto à importância dada pela sociedade à pandemia em relação às orientações fornecidas pela Ciência. Com apoio nas evidências alcançadas, esta pesquisa pretende contribuir para uma reflexão acerca dos discursos que circulam socialmente acerca da pandemia do novo coronavírus no Brasil, visto que, frequentemente, orientam a forma de os sujeitos se posicionarem no mundo no contexto de sua (sobre)vivência. |