Detecção e caracterização fenotípica de Leishmania spp. em felinos da cidade região metropolitana de Aracaju, estado de Sergipe, Brasil

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Jesus, Larissa Lourrane Resende de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Hemoparasita; Leishmaniose; Gatos; Nordeste; Doenças do gato; Hematologia veterinária; Infecção por protozoário; Doenças parasitárias em animais; Diagnóstico veterinário; Zoonose; Hemoparasite; Leishmaniasis; Cats; Northeast
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26282

A leishmaniose é uma zoonose negligenciada com alta incidência em diversas regiões brasileiras, principalmente, no Nordeste. É causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos por vetores flebotomíneos. Os canídeos são os principais reservatórios e, apesar de estudos apontando a presença da infecção em felinos domésticos, sua participação na epidemiologia da doença ainda é dúbia, principalmente, por esses animais serem, frequentemente, assintomáticos, o que leva ao baixo número de diagnósticos em áreas endêmicas. Com este trabalho objetivou-se detectar Leishmania spp. em gatos domésticos e verificar alterações clínicas, hematológicas e medulares associadas à infecção. Foram coletadas amostras de sangue total e medula óssea de 100 felinos, de forma aleatória, domiciliados e peridomiciliados, residentes na região metropolitana de Aracaju, Sergipe. Parasitas de Leishmania spp. foram detectados no exame citológico da medula óssea de 19% dos gatos. Os animais positivos apresentaram, em sua maioria, assintomáticos. Linfonodos reativos, lesões cutâneas e oculares também foram observadas em alguns animais positivos. As alterações hematológicas observadas nos animais positivos foram: anemia (2/19) 10,53%, 24% rouleaux eritrocitário, (1/19) 5,3% hipoalbuminemia, policitemia (3/19) 15,78%,(6/19) 31,57% trombocitopenia, (3/19) 15,78% leucocitose, (3/19) 10,53% neutrofilia,(3/19) 15,78%linfocitose, (1/19) 5,3% linfopenia, (2/19) 10,53%%eosinofilia e (3/19) 15,78%monocitose. A avaliação qualitativa revelou presença de macroplaquetas 13%, linfócitos reativos 8%, plaquetas ativadas 8%, monócitos ativados 5%, anisocitose 5%, policromasia 5%, equinócitos 5%, ovalócitos 5%, agregados plaquetários 5%, esquistócitos 3%, blastos 3%, desvio nuclear neutrofílico à direita 3%, neutrófilos hipersegmentados 3%. No mielograma foi demonstrada(7/19) 36,84% eritrofagocitose, (6/19) 31,57% mottcell, (5/19) 26,31% empirepolesemegacariocítica, (5/19) 26,31% emperipolese, (3/19) 15,78% possuíam baixa celularidade, (3/19)15,78% deseritropoiese, (2/19) 10,52% flame cell, (1/19) 5,3% dacriócitos, (1/19) 5,3% Rouleaux eritrocitário, (1/19) 5,3%Mielodisplasia, (1/19) 5,3% leucofagocitose, (1/19) 5,3% núcleos neutrofílicos em formado de rosca, (1/19) 5,26% elevação do estoque de ferro. Através dos dados obtidos, pode inferir-se que os protozoários do gênero Leishmania spp. estão circulantes nos felinos da região metropolitana de Aracaju e que tenham notável importância no ciclo de transmissão do parasita entre os indivíduos locais.