Parasitos de interesse zoonótico em felinos (Felis catus domesticus), Campo Grande, Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lins, Stephanie Ballatore Holland
Orientador(a): Dorval, Maria Elizabeth Cavalheiros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2920
Resumo: As infecções emergentes e reemergentes são reconhecidas como um problema global e 75% de todos os agentes patogênicos emergentes da última década, segundo a Organização Mundial da Saúde, apresentam potencial zoonótico. As interações entre seres humanos e animais trazem muitos benefícios à saúde humana, e a procura por gatos domésticos como animais de estimação tem aumentado nos últimos anos. Apesar dos benefícios, os gatos podem contribuir para a disseminação ambiental de patógenos zoonóticos, ocasionando riscos potenciais à saúde humana. O objetivo deste estudo foi detectar a ocorrência de parasitos de interesse zoonótico em felinos na cidade de Campo Grande, MS. De setembro de 2014 a maio de 2015 foram analisadas amostras fecais de 210 gatos de idades diversas e de ambos os sexos, procedentes do Centro de Controle de Zoonoses do município. Do total, 149 encontravam-se parasitados e, destes, 93 (62,4%) estavam infectados com apenas uma espécie de parasito e 56 (37,6%) com duas ou mais espécies. As associações mais comuns foram Ancylostoma sp. e Platynosomum concinnum (28/149) e Ancylostoma sp. e Cystoisospora sp. (10/149). A prevalência observada é alta e se enquadra na faixa de 31,5% a 100% obtida para diferentes regiões do Brasil. O parasitismo por helmintos do gênero Ancylostoma foi mais frequente, com prevalência de 65,2% (137/210) seguido de infecção pelo trematódeo Platynosomum concinnum, com 21,0% (44/210). Entre os protozoários, a prevalência foi de 7,1% (15/210) para Cystoisospora sp. e de 1% (2/210) para Giardia sp. Os resultados mostram a importância dos felinos na cadeia de transmissão de zoonoses parasitárias em Campo Grande e servem de alerta aos médicos veterinários e proprietários desses animais no que diz respeito não só às manifestações clínicas e tratamento das enteroparasitoses, mas também à necessidade de medidas preventivas que garantam uma convivência saudável.