Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Martins, Cinthia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/36184
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Resumo: |
O objetivo principal desta pesquisa é dialogar conceitos e diferentes ferramentas de análise para compreender como se dá a representação da mãe preta contemporânea em três novelas da Rede Globo. Em paralelo às bibliografias de racismo e sexismo, nos apoiamos na concepção de discurso (ORLANDI, 2015), as definições de figuras de poder (COLLINS, 2018) e a problemática da representação (HALL, 2016) para compor nossa análise. A começar pelo entendimento de quem é essa mãe preta contemporânea no Brasil, sabendo que ela não traduz nem resume a figura da mammy ou mucama, mas representa aqui uma nova categoria, proposta nos sentidos que hoje ativados de maneira não tão óbvia quanto à escravidão, por exemplo, mas que ainda podem ativar violências simbólicas à sua imagem. Enxergamos as novelas da emissora como objeto por serem produtos culturais de grande apelo no Brasil e que, pela verossimilhança ao cotidiano do país, podem enunciar desenhos reais nas discussões propostas. Agora, as características “trabalhadoras” e “amorosas” são lidas a partir de novas práticas televisionadas já que, a princípio, uma direção comum em narrativas da Globo foi colocar pessoas negras apenas em papéis de subserviência (ARAÚJO, 2001), o que construiu uma percepção desse corpo feminino negro restrito ao trabalho doméstico. Contudo, uma vez que a novela acompanha debates nacionais, queremos dialogar se e de quais formas esses discursos em torno da mãe preta são atualizados, apresentando, no contemporâneo, novas possibilidades para sua representação. Com Manuela (Êta Mundo Bom!, 2016), Zefa (Segundo Sol, 2018) e Marlene (Vai Na Fé, 2023), reunimos cenas reveladoras sobre as dinâmicas das personagens e de suas narrativas, vendo elas como sujeito de pesquisa nessa busca pelo reflexo, nas novelas, de outros desenhos possíveis para mulheres como elas. |