Vozes no chão da cidade: a espacialização da vida das crianças de uma escola pública no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Vinicius de Luna Chagas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31740
Resumo: Essa tese trata da investigação sobre as narrativas de crianças circulam pela cidade do Rio de Janeiro e chegam ao Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ). O contexto geográfico do CAp-UERJ não é de uma instituição de ensino regionalizada no bairro. Isso significa considerar os deslocamentos de seus estudantes, moradores de diversas regiões da região metropolitana, e as relações que estabelecem com os espaços. Na tentativa de compreender as formas infantis de vivenciar o modelo espacial urbano e suas singularidades, busquei estudar os caminhos cotidianos, territórios e paisagens. A ideia da pesquisa com crianças implica afirmar uma opção política mais horizontal, a partir da espacialização da vida dos estudantes. Lev Vigotski e Alexander Luria, teóricos da perspectiva histórico-cultural, foram os interlocutores no cotejo acerca da compreensão das crianças como seres de linguagem, estabelecendo um elo com a Geografia da Infância no que diz respeito a pensar a condição humana situada no espaço e no tempo, uma unidade. A partir desta investigação, fiz o levantamento sobre a construção do conceito de infância sob viés de uma perspectiva crítica e descolonizadora afim de ressignificar seu entendimento. Como metodologia, trabalhei a pesquisa qualitativa a partir da observação e registro das vivências espaciais infantis por meio de cartografias, notas de campo e rodas de conversa produzidas por estudantes de uma turma pertencente ao quinto ano do ensino fundamental. Marca-se, portanto, a condição de autoria das crianças através de suas múltiplas linguagens. A investigação permitiu identificar quais são os lugares infantis que se constituem na cidade e suas demandas por justiça existencial. Ao relatar as vivências com crianças dos anos iniciais, ganha relevo uma reflexão que contribua com os debates em torno da cultura cartográfica, ao romper com o topoadultocentrismo.