Integrando a pesquisa à educação básica usando como modelo a “Paleoparasitologia”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Guimarães, Fernanda Beatriz Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15796
Resumo: A paleoparasitologia estuda parasitos em materiais arqueológicos e paleontológicos. Desde o seu surgimento, novas técnicas vêm sendo empregadas para diagnósticos assertivos, sensíveis e que consumam menor quantidade de amostra. Técnicas de biologia molecular como a reação em cadeia da polimerase (PCR) são altamente específicas e sensíveis, sendo que a PCR duplex detecta mais de um organismo em uma mesma reação e poderia contribuir para preservação de material antigo. Usamos como modelo para o desenvolvimento de PCR duplex o helminto Dipylidium caninum, que tem como hospedeiro intermediário principalmente pulgas do gênero Ctenocephalides e definitivos canídeos, felinos, e eventualmente humanos; pois a dipilidiose em contexto arqueológico tem sido subestimada e a esta pesquisa pode contribuir para a elucidação da relação parasito-vetor-hospedeiro ao longo do tempo. A divulgação científica é um movimento que vem crescendo no Brasil, entretanto falta a maior integração da pesquisa desenvolvida nas Universidades e a População, assim esse trabalho também busca somar forças aos movimentos para uma Educação e Ciência aberta de qualidade no país por meio de atividades e confecção de produtos para divulgação da Paleoparasitologia. Pela primeira vez conseguiu-se padronizar PCR convencional para os agentes do estudo a partir de fezes, e PCR duplex com três diferentes combinações: pulga e hospedeiro felino; pulga e D. caninum; hospedeiro felino e D.caninum, em material fresco e coprólitos experimentais. Para divulgação científica foi criada uma oficina sobre a Dipilidiose para divulgar os resultados dessa pesquisa, a mesma foi aplicada a alunos do Fundamento I de uma escola pública de Niterói-RJ. Foi criado um e-book de acesso gratuito intitulado "Paleoparasitologia na Educação Básica" com atividades que poderão ser realizadas pelo professor em sala de aula, e um blog para disponibilização de todo o material de forma gratuita. Os resultados experimentais da pesquisa contribuirão diretamente para estudos de epidemiologia molecular da dipilidiose, e poderão ser aplicados também para o seu estudo em coprólitos. Esse trabalho mostrou a viabilidade da utilização da divulgação científica para pesquisas em andamento e a utilização de estudos específicos para divulgação de uma linha de pesquisa.