Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Maia, Mateus de Novaes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25041
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Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo analisar como se dá a representação do sertão na obra de Franklin Távora, debruçando-se em particular sobre o romance O Cabeleira (1876). A reflexão proposta é ancorada nos estudos sobre a “colonialidade do poder”, em especial no entendimento da historicidade da produção das categorias mobilizadas e a centralidade conferida às perspectivas contra-hegemônicas. Pretende-se inferir tanto as determinantes históricas da concepção da representação literária do sertão quanto o que há de idiossincrático nas formulações de Távora sobre este espaço. Isso será feito a partir da discussão da produção do autor à luz do contexto em que ela se desenvolveu, da fortuna crítica relacionada ao tema e do cotejamento do romance de Távora com algumas de suas demais produções, propondo um entendimento d’O Cabeleira enquanto realização artística e em relação ao desenvolvimento de sua ação narrativa através de um prisma que privilegie uma interpretação do tema por um viés espacial. Entende-se que as circunstâncias históricas às quais a formulação da Literatura do Norte de Távora responde são acionadas no romance a partir de uma espacialização do tecido social da sociedade Pernambucana colonial. Tal divisão dos espaços narrativos em topos distintos corresponderia a uma representação da dicotomia civilização x barbárie que norteia o argumento do romance, no qual o sertão é apresentado como estando prenhe de uma carga simbólica que perpassa a matéria literária d'O Cabeleira e se articula com o pensamento de Távora sobre uma divisão espacial da literatura — e da própria história — do Brasil entre uma região Norte e uma região Sul. |