Cartografias de traduções de imagens cinematográficas: uma proposta de emancipação de espectadores com deficiência visual frente as generalizações das visualidades cotidianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Kerllon Lucas Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25945
Resumo: Por compreendermos que as imagens assumem protagonismos na vida cotidiana, este trabalho pretende promover “a suspensão do cotidiano” (HELLER, 2014) das pessoas cegas a partir do acesso à arte e a cultura audiovisual, através de audiodescrições que promovam uma estética das imagens, que lhes possibilitem uma relação de “espectadores emancipados” (RANCIÉRE, 2012) frente as imagens do cinema; assumindo uma proposta de caráter ético e estético. Por meio de um estudo mais aprofundado das características técnicas dos meios de comunicação, tomamos o cinema como arte, propondo-o como dispositivo de elevação da vida cotidiana. Desse modo, a audiodescrição (AD) pode ser esta tecnologia social de acessibilidade que se ocupa em mediar essa suspensão, oportunizando uma legítima constituição narrativa e um acesso às visualidades cotidianas das pessoas cegas. Refutando as principais diretrizes técnicas e a cadeia produtiva do mercado de AD, propomos, através de uma consultoria contínua com pessoas cegas, novas possibilidades para pensarmos uma estética de tradução das imagens, garantindo o paradigma “nada sobre nós, sem nós”. Por meio da cartografia e da pesquisa intervenção, orientação metodológica que prestigia a subjetividade humana, colhemos narrativas que comprovaram nossas hipóteses, propiciando a estes espectadores cegos uma relação criadora de sentidos próprios com as imagens.