Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Viana, Izabella da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34199
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Resumo: |
Introdução: a vacinação é a maneira mais eficiente de evitar diversas doenças imunopreveníveis. Quanto mais estiver agregada ao cuidado integral à saúde da criança, no processo de crescimento e desenvolvimento, mais sucesso a imunização terá como indicador de cobertura vacinal. Porém, nos últimos anos, observa-se o aumento da hesitação vacinal, a queda das taxas de imunização e o retorno de doenças antes erradicadas no Brasil. Em 2019, o Ministério da Saúde divulgou que nenhuma vacina atingiu a cobertura recomendada, fato que se agravou a partir de 2020 com o surgimento da pandemia de COVID-19, em que foram adotadas medidas de mitigação, como o distanciamento social, e com isso percebeu-se uma queda considerável na cobertura vacinal. Objeto de estudo: a hesitação vacinal de familiares de crianças durante a pandemia de COVID-19. Objetivo geral: compreender as razões que levam familiares de crianças até 5 anos à hesitação vacinal durante a pandemia de COVID-19 no contexto do cuidado integral à saúde. Objetivos específicos: identificar o conhecimento de familiares de crianças acerca do calendário nacional de vacinação infantil definido no Programa Nacional de Imunização; verificar as razões que levam familiares de crianças à hesitação vacinal durante a pandemia de COVID-19 e discutir as razões que levam familiares de crianças à hesitação vacinal durante a pandemia de COVID-19 no contexto do cuidado integral à saúde. Metodologia: pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa. Campo de pesquisa: unidades de internação de um hospital pediátrico no município de Niterói-RJ. Participantes: familiares de crianças internadas nestes setores. Coleta de dados: checklist da Caderneta de Saúde da Criança a partir de um instrumento contendo o espelho do calendário nacional de vacinação infantil para menores de 5 anos e entrevista semiestruturada, com o uso de um roteiro de entrevista. Os dados foram analisados com a utilização do software IRAMUTEQ®. O IRAMUTEQ caracteriza-se como um método informatizado para análise de textos, que busca apreender a estrutura e a organização do discurso, informando as relações entre os mundos lexicais mais frequentemente enunciados pelo sujeito, que realiza análises quantitativas de dados textuais fundamentados em contextos e classes de conteúdos com base na similaridade de vocabulário. Após o processamento dos dados pelo software, foi realizada a interpretação dos resultados a partir do quadro teórico e conceitual sobre hesitação vacinal no contexto do cuidado integral à saúde, base de sustentação do objeto de estudo. Resultados: emergiram quatro categorias das falas dos familiares: 1. Conhecimento dos familiares de crianças acerca da vacinação infantil; 2. Hesitação vacinal de familiares de crianças relacionada ao medo das vacinas; 3. Hesitação vacinal de familiares de crianças durante a pandemia de COVID-19 e 4. Cuidados de saúde relacionados à pandemia de COVID-19. Da segunda categoria emergiram duas subcategorias: medo do procedimento de vacinação e medo das reações das vacinas. Da terceira categoria emergiram duas subcategorias: medo de sair de casa durante a pandemia de COVID-19 e desabastecimento de vacinas durante a pandemia de COVID-19. Considerações finais: diversas razões de hesitação vacinal de familiares de crianças emergiram nesse estudo e, associados à pandemia de COVID-19, evidenciou-se que foi determinante para o atraso na vacinação infantil de seus filhos. Entende-se que o sucesso da vacinação é fruto dos profissionais vacinadores, pois é na sala de vacinação que acontece o contato direto da equipe de enfermagem com os familiares de crianças. Através do conhecimento das razões que levam à hesitação vacinal de familiares durante a pandemia, enfermeiros podem criar estratégias de educação em saúde para a aproximação desse público e para o reestabelecimento da cobertura vacinal. |