Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Valladão, Alison Sapienza de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/31426
|
Resumo: |
Situado no contexto da hipermodernidade, o turismo, associado ao capitalismo contemporâneo, cria elementos e outras formas de construção e produção de lugares e destinos a serem consumidos por turistas. Desse modo, despontam com as novas formas de consumo, mobilizadas, principalmente, por prazeres estéticos, mudanças de paradigmas quanto ao modo de consumir e de produção, em especial, aquele relacionado às experiências. Pressupondo que turistas são movidos por experiências, tais experiências são frequentemente construídas por meio do uso de imagens que, em sua maior parte, indicam idealizações e fetichizações de locais, culturas e identidades forjadas, com a finalidade de serem consumidas por turistas ávidos por desfrutar dessa vivência. Tomando por base essa acepção, a presente pesquisa objetiva analisar as imagens turísticas da cidade do Rio de Janeiro sob as perspectivas da produção e da recepção da imagem, além de buscar compreender de que forma sua imagética vem sendo mercantilizada como representação da cultura da cidade. O estudo questiona até que ponto as imagens de um Rio de Janeiro supostamente “autêntico” comprometem a percepção da cidade, pelos turistas, em seus múltiplos sentidos e expressões. Contudo, não se pretende colocar em questão e trazer o conceito de autenticidade para o turismo, no sentido de questionar a artificialidade de uma experiência turística ou colocá-la em debate como sendo ou não autêntica. A autenticidade é, então, entendida como uma imagem, portanto, uma representação de autenticidade, um artifício criado pela economia estetizada da hipermodernidade. Dessa maneira, em vista de se vender aos turistas a cultura como “autêntica”, questiona-se como a imagem dessa “cultura autêntica” é construída, forjada de forma a selecionar o que seria interessante ao turista, em detrimento de uma multiplicidade da cultura. Assim, o Porto Maravilha – região portuária da cidade do Rio de Janeiro – foi o recorte espacial escolhido para que pudessem ser feitas essas análises. Por se tratar de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo-explicativo, para que o objetivo do trabalho seja alcançado, utilizam-se como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica e a análise de imagens, apoiada na combinação de múltiplos métodos, tais como o da Antropologia Visual – por meio da fotoetnografia –, o método semiótico, a análise de conteúdo, bem como métodos para pesquisas em ambientes virtuais. Os resultados do trabalho apontam para a construção de um ideário de cultura do Rio de Janeiro e para o modo com que o turista percebe a cultura local, muitas vezes, pautada por um consumo imagético, cujas representações da cultura estão forjadas na imagem. Desse modo, tem-se como efeito o silenciamento da diversidade de manifestações culturais em detrimento de um ideal de cultura, construída como autêntica. |