Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2023 |
| Autor(a) principal: |
Fontes, Danilo |
| Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Dissertação
|
| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
| Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
| País: |
Não Informado pela instituição
|
| Palavras-chave em Português: |
|
| Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28624
|
Resumo: |
A presente dissertação analisa historicamente as reformas urbanas ocorridas na Zona Portuária do Rio de Janeiro, até a mais recente delas, a Operação Porto Maravilha (2011-2016), motivada pela preparação da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016. Essa operação transformou profundamente a região e valeu-se do incentivo ao uso turístico como um legado fundamental para a cidade. A problemática da pesquisa está no contexto atual de ordenação territorial através dos poderes hegemônicos do agente social público, que favorece o agente social privado detentor do capital financeiro, na manutenção dos espaços turísticos. O planejamento turístico estratégico deveria avaliar propostas de valorização da memória local, envolvendo o agente social local no processo de urbanização turística, caso o morador não fosse ignorado pelo agente social público. Construiu-se novos e modernos atrativos e atraiuse um novo público para a região, em prejuízo à memória e ao patrimônio cultural existente, que abrange 4 séculos de ocupação da região, cuja marca mais profunda é a presença de povos africanos trazidos como escravizados e ali desembarcados, vendidos e enterrados em condições subumanas. É também local de potência criativa, a exemplo das casas de figuras agregadoras, como as “tias” baianas, estabelecidas naquele território conhecido como “Pequena África”. As festas populares, o samba e o candomblé possuem até hoje um grande protagonismo na região. Entretanto, as transformações ocorridas e o modelo de turismo planejado não levaram em consideração as questões socioespaciais e a memória do lugar. A pesquisa teve o objetivo de apresentar um outro olhar sobre o turismo na região portuária, examinando o modelo de passeios a pé, conhecido como walking tour, promovidos no lugar. Os procedimentos metodológicos realizados foram: levantamento bibliográfico, pesquisa documental de mapas, pesquisa de base etnográfica com observação participante de passeios na região portuária e entrevista semiestruturada com agentes sociais locais. As novas atrações turísticas produziram um desequilíbrio entre o passado e o presente no “Porto Maravilha”. Como resultado, a pesquisa aponta o walking tour e suas articulações com a educação patrimonial como uma prática turística bastante relevante para a realização do turismo cultural na região, compreendendo a valorização do patrimônio e da população local, uma nova possibilidade laboral para o guia de turismo e o fomento da economia local. |
