Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gouvêa, Ana Luisa Figueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11871
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Resumo: |
Introdução: A nefropatia associada ao BK poliomavírus acomete cerca de 10 % dos pacientes transplantados renais, com perda de função do enxerto em até 50 % dos casos da doença. Muitos autores recomendam a PCR no plasma/urina como estratégia de monitoramento dos pacientes no pós-transplante, visando diagnóstico precoce da reativação do poliomavírus. Hipótese científica: O monitoramento citológico urinário dos pacientes transplantados renais por meio da pesquisa de decoy cells é importante para o acompanhamento clínico póstransplante, objetivando identificação precoce da reativação viral e seleção dos pacientes com maior risco de desenvolvimento da nefropatia associada ao poliomavírus. Objetivo geral: Avaliar a eficácia do monitoramento plasmático e urinário com fins de detecção do DNA do BKV e pesquisa urinária de decoy cells em uma coorte de pacientes transplantados renais, visando identificar os indivíduos com maior risco de desenvolvimento da nefropatia. Objetivos específicos: Pesquisar decoy cells em urina e DNA do BK poliomavírus em sangue e urina do grupo de pacientes; analisar as amostras de biopsia do enxerto renal realizadas no período do estudo; avaliar o curso clínico dos pacientes, correlacionando-o com os resultados do monitoramento molecular e citológico. Material e métodos: Pacientes transplantados renais foram acompanhados com coletas quinzenais de urina até o terceiro mês, uma coleta ao sexto mês e uma após um ano de transplante. A urina foi submetida a pesquisa de decoy cells e PCR quantitativa para BKV. Amostras de sangue foram coletadas ao final do segundo e terceiro mês pós-transplante para realização da PCR. Foi realizada pesquisa do poliomavírus por imuno-histoquímica nas amostras de biopsia do enxerto renal. Amostras urinárias contendo decoy cells foram submetidas a exame ultraestrutural, imunocitoquímico e por microscopia de contraste de fase. Resultados: O estudo envolveu 29 pacientes. A pesquisa viral urinária foi realizada em 19 pacientes e mostrou positividade em 16 (84 %), sendo que em 13 (81 %) detectada nos primeiros três meses. A pesquisa de decoy cells foi realizada em 25 pacientes, sendo positiva em seis (24 %) dos quais quatro (67 %) apresentaram positividade no terceiro mês pós-transplante. A pesquisa viral plasmática foi realizada em 22 indivíduos sendo positiva em seis (27 %), todos ao final do terceiro mês pós-transplante. A positividade para decoy cells associou-se ao histórico prévio de transfusão sanguínea do receptor (p=0,012). A análise temporal das três técnicas de monitoramento revelou poder de detecção precoce de positividade na seguinte ordem: DNA viral urinário, decoy cells e DNA viral plasmático. Apenas um caso de nefropatia foi diagnosticado ao final do primeiro ano do transplante. Este paciente eliminou, por 45 semanas, numerosas decoy cells isoladas e constituindo cilindros, além de apresentar numerosas partículas virais intra e extracelulares sob exame ultraestrutural da urina. Conclusão: O monitoramento precoce dos pacientes no pós-transplante renal, por meio da pesquisa de decoy cells, foi efetivo na detecção da reativação do poliomavírus. A positividade para decoy cells mostrou-se preditora de nefropatia pel o BK poliomavírus em caso de eliminação sustentada (≥ 6 semanas) associada a fundo citológico produtivo, mesmo na ausência de disfunção clínica do enxerto. O monitoramento, ao ser desenvolvido contínua e periodicamente pelo período mínimo de um ano após o transplante, revelou-se estratégia promissora para seleção e tratamento tempestivo de pacientes com maior risco de nefropatia associada ao poliomavírus |