Adulto analfabeto ou pessoa de poucas letras?: cantando e contando históricas de vidas marcadas pelo pré-conceito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araujo, Leni dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15099
Resumo: A presente pesquisa teve como o objetivo investigar histórias de vida de pessoas de poucas letras marcadas pelo preconceito na sociedade brasileira. Baseou sua fundamentação teórica, principalmente, em Paulo Freire, Ana Maria de Oliveira Galvão, Maria Clara Di Pierro e Alceu Ravanello Ferraro para discutir a questão do analfabeto como sujeito estigmatizado na sociedade grafocêntrica. Buscou, por meio de levantamento bibliográfico de entrevistas e narrativas de Histórias de Vida, analisar esse preconceito. Concluiu que as pessoas que não sabem ler e não sabem escrever ou que têm pouco domínio da leitura e da escrita sofrem preconceitos e são estigmatizadas como cegas, incapazes e sem conhecimentos. No entanto, podem lutar, viver e vencer, apesar das marcas impostas pela sociedade excludente. Esse preconceito tem base histórica e não se resolve por meio da alfabetização, pois o maior problema no Brasil encontra-se nas desigualdades sociais e educacionais que excluem a população negra e pobre. A educação oferecida para essa minoria tem produzido analfabetos funcionais. Assim, a educação no Brasil precisa ser pensada do ponto de vista também dessas pessoas para poder atender à necessidade do nosso povo excluído