Deuses e charlatães: a tirania do medo na literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guimarães, Luiz Jorge Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25513
Resumo: A partir do estudo da mimesis, baseado em três perspectivas distintas, mas que se conectam essencialmente, ainda que por meio de um movimento dialético, esta tese busca estabelecer a conexão existente, e seus limites, entre o afeto de medo e a literatura, embasando-se tanto pela psicanálise freudiana quanto pela filosofia que se debruça sobre a mimesis, por meio de pensadores incontornáveis para tal, a saber, Platão, Aristóteles, René Girard e Sigmund Freud. Os três primeiros para o estudo direto da mimesis, segundo suas ideias e o último, principalmente, para a reflexão acerca do afeto de medo bastante analisado e por muito tempo pelos estudos acerca do inconsciente, que, em fundamento, nascem das análises sobre esse afeto. Isso se faz para que se possa entender como a alteridade humana ocorre tanto na criação literária quanto se desdobra por meio dessa, conforme as narrativas trabalham esta temática, pois o que se propõe nesta tese é a percepção de uma possibilidade às avessas, que serve menos para se valer do entendimento de um outro ser para uma positividade inter-relacional do que para uma negatividade ativa, que visa, ora à supressão do lugar de fala de outrem, ora à aniquilação daquele outro que se pretende ter o conhecimento, por meio do conceito que aqui se chamará de alteridade mortal. Com isso, o que se objetiva nesta tese é o estudo da tríade analítica composta pela mimesis, pelo medo e pela alteridade, para que se possa revelar como em obras de autores demasiado distintos, Gênesis, de Moisés, Édipo Rei, de Sófocles e Mário e o Mágico, de Thomas Mann, essa tríade se apresenta e demonstrar como ela se impõe ao longo de anos tanto no fazer literário quanto na recepção dessas obras.