Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Larissa de Fátima Ramalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33990
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Resumo: |
O presente estudo faz uma análise da Economia Popular Solidária a partir do trabalho associado dos pescadores e marisqueiros artesanais reunidos coletivamente na TAMBOA, sigla para Trabalhadores Associados do Mar de Boa Viagem. Tem como objetivo analisar as motivações para a criação da Associação e do cadastro junto ao Fórum de Economia Solidária de Niterói, observando as possibilidades de ação coletiva e os modos pelos quais as estruturas sociais mais amplas e a autonomia dos atores interagem entre si nas estratégias de ação social. Para isso, utiliza como método o estudo do sentido da ação, principalmente a partir do conceito de experiência social desenvolvido por Dubet, para observar as diferentes formas de participação na Economia Solidária, em especial o processo de integração dos pescadores artesanais ao aparato organizacional e produtivo da Economia Solidária do município. Nesse sentido, o trabalho inova ao ter como foco a análise sobre a experiência dos pescadores artesanais, grupo historicamente tutelado e marginalizado pelo poder público, para observar o sentido que esses atores dão às suas práticas. O estudo apresenta uma revisão sistemática da bibliografia sobre economia solidária e demais conceitos associados a essa temática para em seguida mostrar os resultados das entrevistas realizadas com os pescadores membros da TAMBOA e do trabalho etnográfico realizado ao longo de quase dois anos no Fórum, na Ilha de Boa Viagem e no Morro do Palácio, em Niterói, no Rio de Janeiro. Os resultados indicam que a coletivização do trabalho não suscitou fortes laços associativos, como ensejado por parte dos autores referência na área, assim como nas legislações sobre as políticas municipais e estaduais sobre esse tipo de atividade econômica e social. Contudo, a formalização da Associação trouxe benefícios para o grupo analisado, principalmente no que tange ao direito à memória e ao território, sendo reconhecidos institucionalmente e conquistando a promulgação do decreto municipal nº15.058, de setembro de 2023, que reconhece os marisqueiros da Ilha de Boa Viagem como comunidade tradicional da cidade de Niterói. |