A atividade de formação como chave de ação e compreensão da democratização do ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Conceição, Cristiane Lisbôa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37444
Resumo: Esta tese discute a democratização do ensino superior a partir da análise de um objeto específico: a atividade de formação. Tal objeto de interesse foi constituído em uma experiência de pesquisa-intervenção anterior, aqui retomada e desenvolvida, na qual a formação de estudantes bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) foi analisada como atividade dirigida. Para isso, lançamos mão do método de Instruções ao Sósia, que pôde explorar a potência de diferir das relações dialógicas para a reinvenção dos instrumentos da ação no ofício de formação. Em outras palavras, por meio do método foi possível formalizar e transmitir a experiência profissional a partir do trabalho clínico com as diferenças entre os diversos atores da pesquisa. Privilegiar este plano entre atores diversos como plano de análise é um norte da caixa de ferramentas teórico-metodológica desta tese, composta pela clínica da atividade, pela análise institucional francesa e pelo campo da saúde do trabalhador. Ao contemplar a cooperação conflituosa instituída neste plano, percebemos sua relevância para a atividade de formação, ou seja, para o desenvolvimento de recursos para agir no ofício e para agir nas relações de poder no sentido de sua democratização. É deste modo que passamos a conceber uma democratização do ensino superior: não só considerando os processos de expansão do acesso e condições de permanência, mas pensando na relevância do estabelecimento de relações de cooperação entre as diferenças em conflito. Para esta elaboração, contamos também com um potente diálogo teórico entre as obras de Foucault e Spinoza, que, a partir de modos distintos de produzir análises ascendentes das relações de poder, nos possibilitaram defender a análise da atividade como chave de ação e de compreensão dos processos de democratização.