Democratização da Educação Superior Privada no Brasil: análise das características do ingresso com financiamento público e privado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Leite, Isabel Silveira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28696
Resumo: Este trabalho tem como objetivo comparar financiamento público e privado nas instituições de ensino superior privadas, relacionando com a democratização. Como referências teóricas para a discussão da democratização, utilizamos Nogueira (1990), Vargas (2010), Ristoff (2011), Neves (2012), Dubet (2015), entre outros. Descreveremos os tipos de financiamento existentes e como eles podem ser acessados pelos estudantes. Através de análise dos Microdados do Censo do Ensino Superior, com foco em variáveis institucionais (organização acadêmica, categoria administrativa, grau acadêmico, modalidade de ensino, localização geográfica, turno) e características dos estudantes (cor/raça, sexo e faixa de idade), conseguiremos ver o perfil acessado por cada tipo de financiamento. Para uma análise comparativa, usaremos como recorte dois anos, 2014 e 2019. O primeiro foi escolhido por ser o ano que tivemos o maior quantitativo de financiamento público, e o 2019 foi escolhido por ser o ano mais recente antes da pandemia e que possui um maior aporte de financiamento privado. Entendendo que a democratização da educação superior encontra enorme estratificação interna, escolhemos elencar a variável curso, para análise mais profunda do viés democratizante. A escolha dos cursos foi motivada por analisar cursos de alto prestígio social (cursos imperiais: Direito, Medicina e Engenharia) e cursos de mais baixo prestígio social (Pedagogia, Enfermagem e Administração) nas áreas afins para uma melhor visualização da sua distribuição institucional e perfil de estudantes. Entre os resultados, percebemos que não há uma diferenciação tão importante entre os perfis institucionais e de estudantes que acessam o ensino superior pelos financiamentos público e privado, mas que há, sim, uma diferenciação maior quando se observa a variável curso, corroborando achados de forte hierarquização e estratificação horizontal que atravessam a democratização do ensino superior (CARVALHAES; RIBEIRO, 2019).