Reinos do Sul: identidade, representação e consumo a partir de "Elena de Avalor"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bezerra, Luiza da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13713
Resumo: Esta dissertação possui como objetivo principal investigar como a indústria cultural, na qual as produções da The Walt Disney Company se inserem, impacta na representação de uma identidade gendrada da mulher latino-americana nos produtos audiovisuais infantis da empresa. Para tanto, focamos nossa análise na animação “Elena de Avalor” (GERBER, 2016), série voltada para crianças que possui como protagonista a primeira princesa latino-americana lançada pela empresa. Além do objetivo central da pesquisa, possuímos como objetivos específicos à compreensão das práticas mercadológicas e sociais do mercado globalizado de animações infantis, a exploração do processo de criação de narrativas animadas e a investigação dos possíveis impactos de protagonistas femininas em audiovisuais para crianças. Como aparato teórico, utilizamos, principalmente, as reflexões de Eco (1994) sobre os atos de criar e desfrutar de uma obra de ficção; as ponderações acerca das mudanças históricas e teóricas dos processos de identidade contemporâneos a partir da obra de Hall (2016); as ideias sobre identidade gendrada de Butler (2018) e Lauretis (1994); as indagações sobre o papel da vida cotidiana nos processos de identificação a partir, principalmente, das obras de Heller (2018 [1970]) e Kosik (2002 [1963]). Além disso, foi feita uma discussão sobre a influência da mídia nas identidades de acordo com Kellner (2001) e outros autores. Por fim, discutimos as relações entre violência colonial e a mídia na construção de uma identidade latino-americana de acordo com a obra de Ribeiro (2017), Monzo (2015) e Carneiro (2011). Utilizamos a “análise de conteúdo” descrita por Bardin (2016) como aparato metodológico para investigarmos nosso corpus de cinco episódios da primeira temporada da série. Os dados levantados indicam que a nossa hipótese inicial, de que usualmente ocorre um processo de homogeneização das culturas não europeias representadas sob o crivo da Disney, foi confirmada.