Inclusão e deficiência: re-inventando práticas na inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns de Nampula-Moçambique

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Chiluvane, Ana Luísa Filipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37779
Resumo: A presente tese atua no campo da inclusão e deficiência em uma pesquisa acerca das práticas de inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns de Nampula-Moçambique. Num contexto em que as crenças tradicionais são carregadas com marcas que se estabelecem nas relações interpessoais e a formação básica de professores na área de inclusão de pessoas com deficiência na escola comum é deficitária, propomo-nos a analisar o processo de inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns de Nampula-Moçambique e, especificamente, mapear as concepções da deficiência em Moçambique; analisar a implementação das políticas de inclusão de pessoas com deficiência no ensino comum moçambicano; descrever as práticas de inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns de Nampula-Moçambique e sugerir estratégias para que este processo seja efetivo. Para isso, usamos a abordagem qualitativa-descritiva por esta ser rica em pormenores descritivos relativamente a pessoas, locais e conversas, subsidiada pela estratégia narrativa para explicar o desenrolar deste processo. Analisando as narrativas colhidas em conversas/entrevistas, diários de campo e relatórios de estudantes, os resultados deste trabalho propõem posicionamentos acerca da pouca percepção ou conhecimento sobre a deficiência na comunidade moçambicana, restringindo-se esta ao sinônimo de azar ou maldição o que, muitas vezes, impede as famílias de levar estes à escola. Na mesma senda, os dados obtidos apontam que as fazedoras de inclusão, apesar da demanda colocada por elas no que se refere à falta de formação básica na área de inclusão de pessoas com deficiência no ensino comum, reinventam nas práticas existentes para que este processo seja efetivo. Re-inventam dentro das suas condições na sua prática pedagógica, fazendo adaptações nos programas curriculares, usando a oficina como recurso de inclusão, a mediação entre colegas de turma, o cuidado nas planificações diárias entre outras práticas. Posto isto, há a necessidade de conscientizar as famílias e a sociedade em geral sobre a necessidade da criança com deficiência estar e permanecer na escola para que ela consiga ser autônoma, a disseminação de informação são também a melhor maneira de lidar com a falta de conhecimento em relação à deficiência. O sistema educativo moçambicano precisa investir mais na formação de professores na área de inclusão escolar e, nisso a qualificação dos professores precisa ser mais bem abordada, tanto sob o ponto de vista das capacitações, quanto da formação inicial, bem como da sua formação contínua, pois isso influencia na sua prática pedagógica.