Meandros políticos do complexo do Rio Madeira: as perspectivas (anti)geopolíticas do processo de integração transnacional

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Irias, Frederico Duarte
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Integração transnacional; (Anti)geopolítica; IIRSA; Complexo do Rio Madeira; Geopolítica; Conflito político; Territorialidade humana; Regionalismo; Rio Madeira (RO e AM); América do Sul; Transnational integration; (Anti) geopolitics; Complex of Madeira River
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33785

A tese tem como objetivo analisar o processo de integração transnacional, de natureza contraditória e constituída a partir dos conflitos sociopolíticos entre forças hegemônicas e contra-hegemônicas, e que diz respeito à produção do espaço. Intentamos analisar um processo ainda em curso, seus principais desdobramentos (anti)geopolíticos. O Complexo do Madeira, megaprojeto prioritário do PAC1, da IIRSA e da UNASUL, constitui o chamado processo de integração transnacional hegemônico, a escala dos Estados e das relações internacionais, da política exterior entre os Estados partícipes desta perspectiva da integração. As territorialidades, os sujeitos coletivos e suas ações práticas e discursivas, suas iniciativas importantes, confrontadoras da lógica capitalista, são desdobramentos do processo de integração hegemônico, e, representam, portanto, a microfísica do poder existente nos lugares, visando á articulações em outras escalas a partir dos processos de resistência, a partir da lógica territorial, representando, portanto, o alcance da integração transnacional contra-hegemônica. Acreditamos que nosso estudo se justifica por conta do entendimento do processo (anti)geopolítico em curso na América do Sul, tanto no que diz respeito a sua face hegemônica como naquilo que traz à cena novos protagonismos políticos. É de grande relevância a compreensão da lógica capitalista, dos novos arranjos espaciais oriundos do regionalismo aberto, dos novos regionalismos, da nova perspectiva da integração transnacional hegemônica. É também relevante o papel exercido pelos processos de resistência, pelas diferentes articulações da sociedade civil, principalmente aquelas realizadas pelos movimentos sociais originados da lógica territorial, revestidas novas práticas espaciais.