Confiabilidade interobservadores e responsividade da escala Resvech 2.0 “Resultados esperados de la valoración y evaluación de la cicatrización de las heridas crónicas"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Joana Aragão da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13036
http://dx.doi.org/10.22409/.2019.mp.12529945756
Resumo: Introdução: Escalas propostas para avaliação de úlceras crônicas em geral têm sido utilizadas no tratamento de pessoas com úlceras venosas, sem, contudo, estudar-se suas propriedades psicométricas específicas para esse tipo de lesão. Objetivos: Analisar a confiabilidade (equivalência) e a responsividade da escala RESVECH 2.0 para avaliação de úlceras venosas e evolução da cicatrização. Método: Trata-se de uma pesquisa metodológica, de caráter multicêntrico, inserido no projeto matriz “Tradução, adaptação transcultural, confiabilidade e responsividade de escalas de avaliação da capacidade funcional, cicatrização e qualidade de vida de pessoas com úlceras venosas”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, polo principal da pesquisa, com número de parecer 1.500.799, tendo como centro participante do projeto a Universidade Federal Fluminense (UFF). A pesquisa teve dois locais de estudo, o ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, RJ e o outro, foi constituído das salas de curativo da rede pública de saúde, do município de Goiânia, GO. A população do estudo constituiu-se dos usuários do SUS com úlceras venosas que frequentavam os locais de pesquisa e de enfermeiros que atuavam no tratamento desses indivíduos, no ambulatório de Reparo de Feridas, em Niterói. Para coleta de dados da confiabilidade interobservadores foi realizado previamente o treinamento dos enfermeiros clínicos participantes do estudo para uso da escala RESVECH 2.0, e posteriormente realizada aplicação da escala por três enfermeiros (dois enfermeiros clínicos e um enfermeiro pesquisador, considerado padrão-ouro), de forma independente e simultânea durante a realização dos curativos. Para coleta de dados da responsividade a escala foi aplicada na linha de base do estudo, e depois, uma vez a cada 4 semanas, até completar 12 semanas, perfazendo assim três avaliações. Resultados: Para confiabilidade interobservadores foram analisadas 23 úlceras venosas por trio de observadores em diferentes combinações e realizaram 33 observações ao total. O coeficiente Kappa alcançou na pontuação total da RESVECH 2.0 confiabilidade de 0,796 e 0,823 entre a enfermeira padrão ouro e as enfermeiras clínicas, indicando concordância boa e muito boa. Ainda em relação ao escore total, foi utilizado o coeficiente de Pearson (r), alcançando 0,955 e 0,965, indicando correlação muito forte entre as medidas; também a correlação de Lin (rho_c), com coeficientes de 0,952 e 0,937 entre os observadores, indicando concordância moderada e por fim o coeficiente de correlação intraclasse (CCI), de 0,976 e 0,979, obtendo confiabilidade excelente. Para responsividade foi utilizado o método baseado na distribuição de dados através do tamanho do efeito (TE), considerado como pequeno, médio e grande. No método baseado em âncoras, as âncoras utilizadas foram: Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH), taxa de cicatrização e a Escala de Avaliação Global de Mudança na percepção do paciente e do profissional, para avaliar a diferença minimamente importante, no qual foi classificada como nenhuma, pequena, média e grande mudança. Para verificar essa diferença foi utilizado o teste estatístico t de Student para amostras pareadas. Participaram do estudo 38 pacientes, com 60 úlceras venosas, houve uma perda no seguimento, totalizando 59 úlceras avaliadas em D60. O tamanho do efeito entre a primeira e segunda avaliação foi pequeno para os subitens e escore total, entre a segunda e terceira não produziu efeito, já entre a primeira e terceira avaliação apresentou efeito médio para os subitens e escore total. Observou-se mudança minimamente importante para o escore total e subescores da escala nas três avaliações de acordo com a Escala de Avaliação Global de Mudança e taxa de cicatrização. Conclusão: A RESVECH 2.0 apresenta boa confiabilidade interobservadores, mostrou validade quanto ao tamanho do efeito, desde que utilizado comumente o método baseado em âncoras e é responsiva a mudanças na evolução da cicatrização de úlceras venosas. Produto: Tutorial de instrução sobre aplicação da escala RESVECH 2.0