Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Joaquim, Fabiana Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/5965
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Resumo: |
As úlceras venosas crônicas acometem os membros inferiores e provocam nas pessoas dificuldades relacionadas à necessidade de adaptação à condição clínica, levando estes a repensar valores, entender a enfermidade, seguir procedimentos e enfrentar o olhar da sociedade repleta de mitos e estigmas. Frente ao exposto, esta pesquisa teve como objeto a percepção existencial das pessoas que vivem com úlceras venosas crônicas e a tese defendida e comprovada resultante do construto teórico é que através da compreensão da percepção existencial das pessoas que vivem com úlceras venosas crônicas, pautada em uma perspectiva merleaupontiana, que prioriza as experiências vividas, é possível identificar a presença das “úlceras metafísicas”, o que auxilia a produzir em coexistência o cuidado a partir do contexto sociocultural, contribuindo para o fortalecimento das Ciências do Cuidado em Saúde. O objetivo geral foi compreender como as pessoas adultas e idosas percebem sua existência frente às úlceras venosas; e os objetivos específicos foram descrever como as pessoas com úlceras venosas crônicas percebem a própria existência e analisar esta percepção à luz da fenomenologia de Merleau-Ponty. É um estudo fenomenológico, descritivo, com abordagem qualitativa. O campo de pesquisa foi o Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), localizado em Niterói/RJ. Participaram 36 pacientes que vivem com úlceras venosas crônicas e que aceitaram participar da pesquisa. A coleta de dados ocorreu por meio do instrumento de protocolo de pesquisa; da entrevista fenomenológica, operacionalizada pela pergunta: Como é para o (a) senhor (a) viver com a(s) lesão/lesões da úlcera venosa? ; do instrumento de registro das expressões relacionadas à narratividade do corpo; e pela observação não estruturada. O parecer de aprovação ocorreu junto ao Comitê de Ética e Pesquisa do HUAP sob o número 1.581.358 e CAAE: 51981915.6.0000.5243. Os dados inerentes às entrevistas e aos instrumentos de registro das expressões relacionadas à narratividade do corpo se complementaram e se reafirmaram entre si, resultando em três categorias: 1) Vivendo com a doença: sinais e sintomas como marcas de uma vida - os resultados apontam que o desvelar existencial dos participantes têm repercussões inerentes ao estado patológico, levando à invisibilidade social e à indissociação das feridas; 2) O ser além da lesão e a afetividade - como consequência desta percepção, as pessoas com as referidas lesões passam a sentir necessidade da afetividade perdida por consequência do corpo lesionado. Frente a esta realidade, família e amigos são amparo no “mundo da vida”, auxiliando nas potencialidades; 3) A volta ao passado e o atual isolamento social - recordar a existência antes da lesão traz à tona a questão do isolamento social. Ante a este isolamento e às percepções do “mundo da vida”, evidencia-se a importância da espiritualidade como sustentáculo. Conclui-se que a existência das pessoas que apresentam as úlceras venosas vai além da lesão física, fazendo com que estas necessitem se reencontrar corporalmente, dando um novo sentido ao “mundo percebido”, minimizando, e por que não dizer cicatrizando? as “úlceras metafísicas” originadas da incompreensão do mundo ao ser que se encontra com a lesão |