Do silêncio ao eco: uma análise dos dizeres sobre a língua inglesa e o seu ensino que ressoam no discurso do aluno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Daróz, Elaine Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7205
Resumo: A presente pesquisa tem por objeto uma análise discursiva dos dizeres sobre a língua inglesa e o seu ensino em escolas regulares, uma vez que,.a nosso pensar, tais dizeres reverberam no discurso do aluno com implicações no imaginário de língua constitutivo da relação entre sujeito e língua. Tomamos como suporte teórico-analítico os pressupostos da Análise de discurso de linha francesa, na consideração de um sujeito concebido como “efeito de linguagem”, e uma língua constitutivamente heterogênea. Em uma desconstrução dos sentidos regularizados sobre a língua inglesa em nossa formação social, propomos uma reflexão sobre a língua numa abordagem discursiva, em atenção ao movimento simbólico no e pelo qual sujeitos e sentidos se constituem, em especial no que tange à passagem da língua dita materna para a língua estrangeira. Em atenção aos processos de interpelação/identificação/subjetivação e os seus efeitos no imaginário de língua para o sujeito, empreendemos um gesto analítico acerca do modo de funcionamento dos dizeres sobre (e para) a língua inglesa postos em circulação no discurso publicitário, produzindo um efeito de verdade. Considerando a escola como um lugar de representatividade em nossa formação social, buscamos uma desnaturalização dos sentidos sobre a língua inglesa como língua estrangeira, a partir de uma reflexão teórica sobre os efeitos da sua disciplinarização na regularização dos sentidos sobre esta língua frequentemente relacionada à cultura. Na compreensão da língua em seu trabalho simbólico, propomos ainda uma reflexão teórica sobre a relação relativamente estabilizada entre língua e cultura, e suas impl icações nos processos de subjetivação, tendo em vista as condições sócio-histórico-ideológicas em que os discursos sobre o idioma são produzidos na atualidade. Em nossa investigação, observamos que os sentidos sobre o idioma anglo-saxão postos em circulação na mídia são muitas vezes legitimados pela instituição escolar, com implicações no imaginário de língua que se constitui para o sujeito. Na consideração dos efeitos advindos dessa (re)produção de sentidos, apresentamos, ainda, uma análise do discurso pedagógico, tendo em vista os dizeres sobre a língua inglesa e o seu ensino nas leis que gerem a Educação no país, a saber, LDBEN, PCN e OC. A partir das pistas depreendidas de nosso gesto de interpretação das discursividades sobre (e para) a língua inglesa em nossa formação social, realizamos, por fim, um gesto de interpretação do discurso do aluno sobre a língua inglesa e o seu ensino em escolares regulares, a fim de melhor compreendermos as implicações desses dizeres no imaginário de língua inglesa que se constitui para esses alunos. As reflexões teóricas e o nosso movimento de análise nos permitiram alguns questionamentos sobre o ideal de língua e representação de sociedade regularizados em nossa formação social e, assim, um novo olhar para as práticas sociais no ensino de línguas no país