Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Casimiro, Flávio Henrique Calheiros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói, RJ
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/13910
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Resumo: |
A tese é resultado de uma pesquisa sobre um conjunto de aparelhos privados de hegemonia de ação política e ideológica de caráter patronal, representantes das classes dominantes no Brasil, no período de 1980 a 2014, embasada no arcabouço teórico marxista de Antonio Gramsci, assim como na teoria sociológica de Pierre Bourdieu. A proposta busca articular motivações de ordem teórico-política no sentido de contribuir para o estudo sobre a estruturação e organização da burguesia brasileira para a manutenção e atualização de suas estratégias de dominação e acumulação de capital. A partir da análise da relação entre estes aparelhos burgueses e a estrutura estatal, o estudo é atravessado pela discussão quanto à indissociabilidade entre Estado e sociedade civil, na concepção de Estado ampliado gramsciana. Uma das questões fundamentais da pesquisa, por conseguinte, emerge de reflexões e inquietações sobre as formas com as quais determinadas frações das classes dominantes elaboram –a partir da atuação de seus intelectuais coletivos –estratégias de ação no sentido de criar condições para a reconfiguração da estrutura institucional do Estado, tanto como uma relação interna no quadro de dominação, como externa, no conjunto das determinações do capitalismo mundializado. Essa representação política não partidária dos segmentos da direita liberal-conservadora, atualizada, militante e, muitas vezes, truculenta na defesa de seus pressupostos e atuação política, configura-se, portanto, como uma forma de ação gestada e em curso a partir do processo de redemocratização, com o surgimento dessa estratégia de organização que se materializa por meio de aparelhos da burguesia, porem integra crescentemente o próprio Estado, ampliando-o. Essa ampliação consiste em que o Estado não pode ser reduzido ou compreendido simplesmente a partir do conjunto de seus órgãos, agências e aparatos administrativos. Essa forma articulada, mobilizada e aparelhada de segmentos burgueses, liberal-conservadores, caracteriza um novo modus operandi de ação política por parte das frações da classe dominante brasileira, representando, assim, a estruturação da chamada “nova direita” no Brasil |