Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Flávia Saboya Da Luz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/13019
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Resumo: |
O objeto de pesquisa da presente tese são os marcadores discursivos refreador-argumentativos formados por elementos indutor-refreadores e afixoides de origem locativa. Nosso objetivo é comprovar a hipótese central de que, no português do Brasil, no âmbito das interações discursivas, existe uma construção empregada para refrear a proposição do interlocutor e apoiar o desenvolvimento argumentativo do enunciador. Nesse intuito, nos embasamos, principalmente, na abordagem construcionalista (TRAUGOTT & TROUSDALE, 2013, entre outros autores), nos princípios dos contextos de mudança linguística (DIEWALD, 2002, 2006; DIEWALD & SMIRNOVA, 2012) e na descrição da organização do discurso de Charaudeau (1992). Para o cumprimento da investigação pancrônica, utilizamos os seguintes corpora: Corpus do Português e Corpus Tycho Brahe, para as análises diacrônicas em textos do século XIII ao XX, e o Diário do Congresso Nacional, para as análises textuais da sincronia contemporânea, referente aos séculos XX e XXI. A partir do século XIX, constatamos processos de mudança construcional e construcionalização das expressões em foco, sobretudo, por meio dos mecanismos de neoanálise (em nanopassos intracontextuais e micropassos transcontextuais) e analogização. Valendo-nos dos termos de Traugott (2008), refletimos sobre a hierarquia construcional nos seguintes níveis, em ordem crescente de generalidade e abstração: microconstrução, mesoconstrução e macroconstrução. Concluímos que a microconstrução alto lá entra como elemento marginal na rede dos marcadores discursivos formados por elementos indutores e afixoides a partir da analogização com a macroconstrução [VIndut Afix]MD (Teixeira, 2015). Tal associação se dá por meio do melhor encaixe, relacionando-se propriedades de forma (sintáticas e morfofonêmicas) e conteúdo (semântico-pragmáticas e discursivas). Contudo, alto lá assume status de protótipo no licenciamento da mesoconstrução marcadora discursiva de subfunção refreador-argumentativa [IndutR AfixLoc]RA, que, por sua vez, passa a instanciar novas microconstruções em uso no português brasileiro, tais como calma aí e calma lá, espera aí, espera lá, segura aí, segura lá, aguenta aí, aguenta lá e para aí |