Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sambrana, Vania Rosana Mattos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/22848
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Resumo: |
Esta pesquisa centra-se na construcionalização gramatical dos marcadores discursivos formados por base visual com olhar e ver, vinculada ou não ao afixoide espacial (lá, aqui, aí, só e bem). Concebendo a língua como um sistema adaptativo complexo que forma uma rede de pareamentos interligados, sustentamos que tais marcadores discursivos estão agrupados no esquema virtual nomeado como construção marcadora discursiva de visualização virtual, nosso objeto de pesquisa, representado como [Vvisual (Xafixoide)]MD. A pesquisa que propomos é de perspectiva pancrônica, representativa dos séculos XV ao XX, com análises quantitativas e qualitativas. Seguindo o embasamento teórico da Linguística Funcional Centrada no Uso, procedemos à descrição e análise de contextos de uso. Defendemos que os elementos que formam a construção marcadora discursiva de visualização virtual surgem no português em três etapas distintas. Na primeira etapa, a partir do século XVI, surgem formas cognitivamente mais leves, ditas atômicas, como [olha], [vê] e [vejam]. Na segunda etapa, a partir do século XVII, surgem formas cognitivamente mais complexas, em que a base visual se une a afixoide de localização espacial, como em [olhe aqui] e [veja lá]. Na terceira etapa, ocorre a produção de formas com base visual e afixoide espacial reconfigurado na função de focalizador, como em [olha bem] e [veja só], a partir do século XIX. Em termos hierárquicos, propostos por Traugott e Trousdale (2013), Bybee (2010; 2015) e Hilpert (2014), organizamos o esquema [Vvisual (Xafixoide)]MD em três níveis mais específicos que representam cada etapa do surgimento de nossas formas, doravante, os subesquemas [Vvisual]CA, [Vvisual (AfixoideLocativo)]CA e [Vvisual (AfixoideFocalizador)]CA. Como um dos resultados de nossa investigação, conforme Traugott e Trousdale (2013), constatamos que neoanálises de distintas naturezas co-ocorrem na convencionalização das formas. Após a construcionalização, nos termos de Diewald (2020), advém a paradigmatização. Nessa direção, defendemos que esses elementos de base visual se integram ao paradigma já existente dos marcadores discursivos, formando uma subclasse, cuja função é manipular a interação através de sentidos espaciais abstratizados de tal forma que desempenham funções procedurais. Sendo assim, estabelecemos que os marcadores discursivos de visualização virtual atuam pragmaticamente na orientação da interação |