O deserto sagrado da poesia: experiências de sentido em Ruy Duarte de Carvalho e Paula Tavares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cardoso, Claudia Fabiana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8176
Resumo: A partir de uma leitura pontual das poéticas de Ruy Duarte de Carvalho e de Paula Tavares, reunidas, respectivamente, nos livros Lavra (2005) e Amargos como os frutos (2011), pretende-se demonstrar que suas produções reconfiguram aspectos do sagrado angolano, fazendo da poesia lugar de passagem para o reencontro do sujeito com a palavra primordial. Consideramos os autores como poetas viajantes, que revisitam o sul angolano e tradições orais da região, em uma espécie de “viagem ao contrário”, promovendo, em seus poemas, travessias e atravessamentos espaciais, culturais e linguísticos. Levando em conta que os desertos do Namibe e do Kalahari, lugares de pertença afetiva e sociocultural dos poetas, ambos localizados a sul do continente africano, são espaços explorados com insistência em suas obras, recuperamos a imagem do deserto na leitura dos textos e propomos que, assim como o deserto é símbolo, sobretudo, da busca de sentido, o sagrado reencenado em imagens poéticas é a experiência de uma realidade, a própria tentativa de (re)construção do sujeito. Em um mundo vazio de experiências de sentido, a poesia é pensada como um convite à manifestação do sagrado por meio da reinvenção da linguagem