Comparações geoquímicas entre rochas ultramáficas dos mantos dos planetas Terra e Marte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teles, Antônio de Morais Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23895
Resumo: No planeta Terra, existem algumas localidades conhecidas onde rochas peridotíticas do manto encontram-se expostas, por exemplo, no Marrocos, na Austrália e no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico. E existem várias localidades onde komatiitos (rochas vulcânicas ultramáficas, geologicamente antigas, de magmas derivadas do manto) afloraram, p. ex., na África do Sul, Austrália, China, Ucrânia, Canadá, no Grupo Quebra Osso (Minas Gerais, Brasil) e na ilha de Gorgona, Colômbia. Coletamos na literatura informações geoquímicas (com dados dos elementos maiores, elementos-traço, gases nobres e elementos de terras raras (ETR)) sobre peridotitos do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, e sobre komatiitos do Grupo Quebra Osso e da ilha de Gorgona, e também de basaltos das montanhas submersas meso-oceânicas (Middle Ocean Ridge Basalt (MORB)). Sobre o planeta Marte, também coletamos informações geoquímicas de literatura sobre poucos meteoritos descobertos (~ 100), provenientes de Marte e que caíram na Terra ao longo de muitos milhões de anos, e informações geoquímicas de poucos dados obtidos recentemente por naves espaciais robóticas da Agência Espacial Americana (NASA) e da Agência Espacial Europeia (ESA) na superfície de Marte. Escolhemos apenas estes quatro locais na Terra e utilizamos as poucas informações disponíveis de Marte, porque temos dados suficientes para este trabalho inicial, sendo necessárias muito mais informações geoquímicas para um trabalho mais abrangente. Com estas informações sobre a Terra e Marte, obtivemos uma visão detalhada – tanto em espaço quanto no tempo – dos constituintes geoquímicos dos magmas derivados dos mantos destes dois planetas e os comparamos entre si. Vimos, dentre algumas conclusões, que os magmas derivados dos mantos da Terra e de Marte são geoquimicamente diferentes, sendo que o manto de Marte esfriou muito mais rapidamente que o da Terra (que ainda possui muito calor). Porém, o magma mantélico da ilha de Gorgona é semelhante em diversos aspectos geoquímicos ao magma mantélico de Marte. Também notamos que análises de minerais hidratados vindos do manto da Terra, e análises de rochas ultramáficas serpentinizadas terrestres e marcianas, mostram que tanto o manto da Terra quanto o manto de Marte provavelmente possuem grandes quantidades de água na forma de minerais hidratados, o que é bastante significativo para as evoluções geoquímicas destes dois planetas, e para à Astrobiologia.