Observações da onda de 10 dias nos ventos da mesosfera tropical austral e em média latitude boreal.

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: BARBOSA, Emerson Eduardo da Silva.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Ciências e Tecnologia - CCT; PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA; UFCG
• Palavras-chave em Português: Ondas planetárias; Mesosfera; Radar de meteoros; Planetary waves; Mesosphere; Meteor radar; Ondas planetarias; Radar de meteoritos; Ondes planétaires; Mésosphère; Radar météore; Física
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21918

Este trabalho apresenta um estudo de onda planetária com período de quase 10 dias identificadas em medidas de vento neutro da região da alta mesosfera e baixa termosfera (conhecida como região MLT, compreendida entre as altitudes de 80 e 100 km). Para estudar a variabilidade interanual e as características da onda de 10 dias, foram utilizadas medidas de ventos obtidas por radares meteóricos localizados em latitudes tropicais do hemisfério sul e em média latitude do hemisfério norte, ou seja, em Cachoeira Paulista (22,7◦S; 45,0◦O) e São João do Cariri (7,4◦S; 36,5◦O), e em Collm (51◦N; 13◦L), Alemanha. As séries temporais analisadas possuem dados de quase duas décadas para Cachoeira Paulista (1999 a 2008 e 2012 a 2019) e quase uma década para São João do Cariri (2004 a 2009 e 2018 a 2019) e Collm (2004 a 2015). Foram analisados a variabilidade interanual e o caráter sazonal de oscilações de quase 10 dias, a partir da estrutura vertical das amplitudes estimadas com emprego da análise harmônica, com ajuste de mínimos quadrados. Foram observadas assinaturas de ondas de quase 10 dias durante o inverno austral (entre julho e setembro) na componente zonal em ambas as localidades (Cachoeira Paulista e São João do Cariri). Durante o inverno boreal (entre janeiro e fevereiro), na localidade de Collm, as amplitudes foram observadas em ambas as componentes dos ventos, e estas foram superiores às verificadas durante o inverno do hemisfério sul. Eventos também foram identificados na componente zonal durante os equinócios de outono e primavera de ambos os hemisférios, no entanto, as amplitudes registradas no hemisfério sul foram superiores as do hemisfério norte. Assim a aparição da onda apresentou uma regularidade em quase todos os anos analisados durante épocas de outono, inverno e primavera em ambos os hemisférios. Entre junho e setembro não se verificou atividade da onda em nenhuma componente dos ventos em 51◦N. As amplitudes estimadas na componente zonal foram superiores em todos os anos as da componente meridional em ambos os hemisférios. Atenção foi dada para eventos com grandes amplitudes, os quais apresentaram estruturas verticais de fase descendente e comprimentos de ondas verticais consistentes com aqueles já reportados.