A educação permanente em saúde como estratégia para otimizar o sistema de regulação no município de Itaperuna-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Kelly Gomes Messias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14940
Resumo: O presente estudo, tem como objeto de estudo a educação permanente em saúde como estratégia para reorganização de um serviço de especialidades na região noroeste fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Tem-se por objetivo geral elaborar um fluxograma para reorganizar o serviço de agendamento / marcação de consultas especializadas no nível secundário de atenção à saúde; e os objetivos específicos, descrever o funcionamento atual do serviço de agendamento / marcação de consultas para especialidades médicas e de outros profissionais na atenção secundária; identificar o conhecimento dos profissionais envolvidos quanto ao processo de organização do sistema de regulação de consultas especializadas; registrar até que ponto / ou de que modo o conhecimento dos profissionais sobre integralidade interfere no processo de organização do serviço de marcação de consultas para especialidades; refletir como a educação permanente em saúde pode contribuir para a reorganização de um serviço de especialidades na região noroeste fluminense, visando fortalecer a integralidade do acesso à saúde. Metodologia: pesquisa de natureza descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa e embasada nos fundamentos da pesquisa convergente assistencial. O estudo de campo foi realizado no Centro de Saúde Dr. Raul Travassos, no município de Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense e aprovada sob o nº 2.770.321, foi realizada em duas etapas. A primeira etapa estabeleceu um processo de observação, cuja intenção perpassou a necessidade de identificar como era o processo de marcação de consultas e com a aplicação de um questionário, e a segunda etapa com a realização de cinco oficinas, que tiveram as seguintes temáticas: 1. Olhar crítico: olhar a prática profissional e organizacional atual e repensar sobre os princípios do SUS com ênfase na integralidade do acesso; 2. Olhar construtivo: romper com a fragmentação da atenção através de uma nova forma de realizar o serviço. 3. Olhar expandido: pensar a forma de operacionalizar junto aos profissionais da rede de atenção à saúde e a população a reestruturação do serviço de saúde. 4. Olhar avaliativo: o grupo foi conduzido a reavaliar a proposta 5. Olhar político: através da exposição e debate do trabalho junto ao conselho municipal de saúde. Como produto, obteve-se a implantação do Programa de Educação Permanente em Saúde no município de Itaperuna, a realização de oficinas de educação permanente em saúde, e a construção de um fluxograma para reorganização do sistema de regulação de consultas especializadas. Os resultados da observação participante, do questionário e dos grupos educativos, analisados segundo Bardin, referencial teórico de Paulo Freire e da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, emergiram em três categorias temáticas: Categoria 1. Aproximação da proposta do serviço, Categoria 2. Integralidade do acesso: da teoria à prática e Categoria 3. Problematização do fluxo de atendimento. Considerações finais: a identificação de problemas empíricos (filas em horários e ambientes desfavoráveis, tensões na relação entre profissionais e usuários do SUS, e exposições desnecessárias do serviço nas redes sociais), atrelada às questões advindas da revisão de literatura e as discussões nos grupos educativos, que apontaram a importância do princípio da integralidade como o direito ao acesso à saúde e a comunicação horizontal entre os diferentes pontos de atenção na rede, confirmaram que a educação permanente em saúde, pode contribuir para implementar mudanças no processo de trabalho e fortalecer o princípio da integralidade do acesso em saúde