Falta às consultas médicas agendadas: percepções dos usuários acompanhados pela Estratégia de Saúde da Família, Manguinhos, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Izecksohn, Mellina Marques Vieira
Orientador(a): Ferreira, Jaqueline Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24342
Resumo: Os motivos que levam o usuário da Estratégia de Saúde da Família (ESF) a comparecer ou não às consultas médicas programadas precisam ser conhecidos devido ao impacto negativo que as faltas podem causar no serviço de saúde, inclusive de caráter financeiro, e no cuidado do usuário. O estudo realizado foi uma pesquisa quanti-qualitativa, cujas técnicas consistiram na quantificação de faltosos em duas equipes do Centro de Saúde Escola Manguinhos no período de seis meses e de entrevista semiestruturada com 22 pacientes cadastrados na ESF que faltaram ou não às consultas médicas agendadas nos quinze dias que antecederam a entrevista. Este teve por objetivo quantificar as faltas, conhecer o motivo e a percepção do usuário quanto à importância de comparecer às consultas agendadas, identificando as razões para o não comparecimento. Assim, foi identificado um percentual de faltas de 48,9% no período de seis meses estudado, sendo que destas faltas, 58,5% das pessoas faltaram uma vez, 26,5% faltaram duas vezes e 15% faltaram mais de três vezes. O principal motivo para agendamento das consultas dos usuários foi o acompanhamento de sua saúde que pode ter diversas interpretações por parte dos profissionais de saúde e dos pacientes. Dentre os motivos para as faltas às consultas citados pelos usuários, se destacou o esquecimento assim como o agendamento em horários inoportunos, grande parte no horário de trabalho. Alguns ruídos na comunicação dos usuários com a Unidade de Saúde também foram identificados, como a impossibilidade de cancelamento do encontro sem que o mesmo compareça ao serviço. O papel do ACS como a pessoa que agenda as consultas também é relevante para esta questão contribuindo tanto para a assiduidade como para as faltas às consultas. Assim, foi possível identificar alguns aspectos relacionados à organização do serviço de saúde e a características do usuário. A ampliação das formas de comunicação da equipe com os usuários, tendo em vista a ampliação do cuidado, um aprimoramento da escuta e pactuação entre os atores no momento do agendamento considerando o cotidiano dos usuários; e uma maior flexibilização da equipe e de seus horários, bem como um maior comprometimento por parte do usuário, a implantação de envio de mensagem de texto, são algumas propostas que surgem para melhorar a assiduidade às consultas médicas.