Investigação de polimorfismos de nucleotídeo único e fenótipos endodônticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Meyfarth, Sandra Regina Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35968
Resumo: A presente tese objetivou investigar se polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) estão associados à determinados fenótipos endodônticos. Para isso, delineou-se três pesquisas: (1) avaliou se polimorfismos nos genes que codificam o receptor 2A de 5- hidroxitriptamina (serotonina) (HTR2A) e o receptor 1A de melatonina (MTNR1A) podem contribuir para a percepção da dor após tratamento endodôntico; (2) investigou se existe associação entre polimorfismos no gene óxido nítrico sintase indutível (NOS2) e a periodontite apical persistente (PAP); e (3) investigou se polimorfismos nos genes de fator de crescimento epidérmico (EGF), receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), fator de crescimento transformador beta 1 (TGFβ1) e receptor do fator de crescimento transformador beta tipo 2 (TGFβR2) estão associados ao risco de calcificações pulpares. Para todas as pesquisas, o DNA genômico foi extraído de células bucais da saliva coletada de 531 pacientes e a genotipagem dos SNPs selecionados foi realizada usando o método Taqman™ para reação em cadeia da polimerase em tempo real. O primeiro trabalho incluiu pacientes com dentes unirradiculares e canal único com necrose pulpar e periodontite apical assintomática antes do tratamento endodôntico. O tratamento endodôntico foi realizado em sessão única, e a dor e a sensibilidade pós-operatória avaliadas através de uma escala visual analógica (nos sete primeiros dias e 14º e 30º dias após o tratamento). Os genótipos foram comparados por meio de regressão de Poisson univariada e multivariada (p < 0,05). Para o segundo trabalho, pacientes com sinais/sintomas de PAP foram incluídos na pesquisa. Os pacientes foram tratados endodonticamente, acompanhados por pelo menos um ano e, posteriormente, alocados em dois grupos: “Curados” e “PAP”. O teste qui-quadrado e odds ratio com intervalos de confiança de 95% compararam as distribuições genotípicas entre os grupos (p < 0,05). A análise de regressão logística avaliou as interações SNP-SNP. A terceira pesquisa incluiu pacientes ortodônticos cujas radiografias panorâmicas pré e pós-tratamento ortodôntico foram avaliadas quanto a presença de calcificação pulpar nos primeiros molares. A associação entre calcificação pulpar e SNPs foi analisada por meio de distribuições alélicas e genotípicas e frequências de haplótipos (p < 0,05). A pesquisa 1 incluiu um total de 108 pacientes. Os SNPs rs6553010 (MTNR1A), rs4941573 e rs6313 (HTR2A) foram associados a um risco aumentado de desenvolver dor após o tratamento endodôntico (p < 0,05), sugerindo que os genes HTR2A e MTNR1A influenciam a resposta à dor após o tratamento endodôntico. Na pesquisa 2, as distribuições de alelos e genótipos para os polimorfismos entre os grupos não foram estatisticamente significativas (p > 0,05) e nem na análise de regressão logística, sugerindo que os SNPs em NOS2 não são biomarcadores para a PAP. Na pesquisa 3, um total de 132 pacientes foram incluídos. A prevalência de calcificação pulpar foi de 42,4% em 490 molares. A análise genotípica e a distribuição alélica não mostraram associação estatisticamente significativa entre EGF, EGFR, TGFβ1 e TGFβR2, e calcificação pulpar (p > 0,05). Nenhuma combinação de haplótipos apresentou diferença estatisticamente significativa (p > 0,05), na qual se pode concluir que os SNPs nos genes que codificam esses fatores de crescimento não estão associados à calcificação pulpar em pacientes ortodônticos.