Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Artte, Geraldo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/38550
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Resumo: |
A presente tese de doutorado aborda algumas discussões sobre a relação entre subjetivação e ética na jagunçagem, retratada em Grande Sertão: Veredas. Tem-se por objetivo forjar a noção de sertões na cidade a partir de experimentações éticas no romance roseano. Tais experimentações serão realizadas ao longo dos três capítulos desta pesquisa. O primeiro, intitulado Travessias na cidade, mostra como a cidade pode ser vista em seu aspecto bruto ou seu aspecto liso, ou seja, com ou sem interpelações. O estudo que Walter Benjamin fez de Charles Baudelaire tornase ponto crucial para ver a cidade como modo de experiência. O segundo capítulo denominado Experiência do desassossego, esmiúça uma experiência afetiva quando se acompanha o fluxo do pensamento sertanejo e problematiza ressonâncias de uma escrita inacabada relacionando-a com o devir e a clínica. As noções benjaminianas de estética do choque e de experiência engendram algumas das passagens significativas. O terceiro, e último capítulo designado Sertão enquanto operador ético, desenvolve considerações teóricas de como o modo de ser jagunço interpela o viver. Dentro desse escopo, avança-se no desenvolvimento da noção “sertões na cidade”, como uma ideia indispensável nesta pesquisa. Com efeito, produz-se as últimas considerações deste capítulo, abordando o Liso do Suçuarão como uma passagem oportuna para pensar o sertanejo em seus paradoxos. A estética benjaminiana é retomada juntamente com noções deleuzianas para montar um encontro do narrador Guimarães Rosa com os estudos foucaultianos sobre a coragem da verdade. Nestes termos, encontram-se as modulações plurais e comuns da noção de sertões na cidade composto por travessias que persistem na evidenciação de narrativas do inacabamento. Em síntese, investiga-se o quanto Grande Sertão: Veredas interroga a realidade em seu aspecto de criação onde o homem do sertão é um ser em constituição, dotado de qualidades ético-estético e políticas. |