As tecnologias digitais para o ensino de geometria na Base Nacional Comum Curricular: posições disponibilizadas aos docentes e possíveis resistências

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Souza, Matheus dos Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Educação Matemática; Reformas curriculares; Base Nacional Comum Curricular; Currículo; Tecnologias digitais; Ensino; Mathematical Education; Curricular Reforms; National Curricular Common Base; Curriculum; Digital Technologies
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27643

A presente dissertação foi estruturada no formato multipaper. O delineamento metodológico adotado foi a cartografia rizomática junto a algumas ferramentas teóricas de Foucault, como biopoder, governamentalidade, constituição de sujeitos, entre outros. Foi realizado um estudo sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para isso, foram analisados alguns posicionamentos de entidades educacionais, como a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), entre outras, que circularam durante o processo de homologação. Foram constados regimes de verdades advindos da BNCC e que as reformas contemporâneas possuem regimes fundamentados com propensão ao mercado, adaptando-se aos interesses alheios aos educacionais. Algumas posições de sujeitos que podem ser assumidas com o uso das tecnologias são ocasionadas pela implementação deste documento. Assim, buscou-se identificar as características que a reforma curricular pretende dar conta em seus percursos. As tecnologias são uma das linhas de força do documento e pode promover a subjetivação de dois tipos de sujeitos, considerados como tecnológicos e semitecnológicos. O primeiro promove o conhecimento do conteúdo com a ferramenta; o segundo, mesmo que inconscientemente, contribui para suprir a necessidade de mercado. Por fim, foram realizados encontros para cartografar os posicionamentos dos docentes de Matemática dos Anos Finais do Ensino Fundamental em Santo Antônio de Pádua-RJ e, além disso, para propor reflexões com a utilização dessas ferramentas por meio de atos de currículo e insubordinação criativa, buscando linhas de fuga. Contudo, na perspectiva da cartografia rizomática, uma das linhas de força do dispositivo (as tecnologias digitais) entram em conflito entre si, mesmo que ocasionalmente. Isso pode subjetivar ainda mais os docentes semitecnológicos que utilizam de tal recurso sem proporcionar desenvolvimento crítico aos estudantes.