Desinteresse escolar e modos de vida: (Des)encontros entre jovens de distintos mundos sociais e econômicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: D’Alécio, Gabrielle Cotrim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29999
Resumo: O Presente estudo procurou compreender o desinteresse escolar de estudantes de realidades socioeconômicas distintas a partir da análise dos seus modos de vida. Para tal, o método utilizado foi o estudo de caso comparado a partir da imersão da pesquisadora enquanto professora em ambas as realidades. A percepção inicial da apatia desses estudantes e da comunidade escolar como um todo, tornou como hipótese de pesquisa que a vida desses jovens enclausurados em seus territórios provocava a eles estranhamento no relacionar com as regras do jogo democrático escolar, e por consequência os levavam a um desinteresse escolar. E para dar conta dessa afirmativa a categoria modo de vida condominial foi elaborada para explicitar tal fenômeno. Com vistas a observar tal hipótese, o estudo contou com uma série de atividades aplicadas aos estudantes e parte da comunidade escolar entre os anos de 2019 e 2021, além das memórias sobre as realidades escolares vivenciadas pela pesquisadora. As contribuições dos sociólogos José de Souza Martins, Jessé de Souza e Pierre Bourdieu foram essenciais para trabalhar, respectivamente, categorias centrais à pesquisa como o cotidiano e a noção de classe social a partir de uma leitura sociocultural. O estudo apontou que o desinteresse do jovem pela escola está aliado também ao ambiente pouco heterogêneo e de neutralização de conflitos ofertados por suas socializações primárias e secundárias. E entende que o afeto e as experiências coletivas e conflitivas podem ser vias de acesso à promoção de diálogos e de interesse pela escola.