Neurociência aplicada à Educação: uma ferramenta para a prevenção ao uso/abuso de drogas por crianças e adolescentes em idade escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Vale, Thereza Cristina Machado do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37565
Resumo: O mecanismo que conduz o indivíduo ao abuso de drogas ainda não é amplamente compreendido pela sociedade, em parte devido à natureza tabu do assunto e à considerável lacuna entre a produção/compreensão científica e a comunicação desse conhecimento ao público em geral. Durante a adolescência, o jovem é frequentemente exposto à possibilidade de experimentação de drogas, tornando-se alvo de consequências neurofisiológicas, sociais e/ou emocionais. A interação entre múltiplos fatores de risco pode influenciar fortemente o comportamento de busca por substâncias de abuso pelo indivíduo em desenvolvimento. Nosso objetivo é o de promover a discussão sobre esse assunto, tendo em vista que essa é uma questão que envolve diferentes esferas tais como saúde, bem-estar, educação e desenvolvimento social, pautados na informação de que o uso de drogas é um grande desafio para o desenvolvimento social e uma das principais causas das taxas de abandono escolar em todo o mundo. Assim, neste trabalho, nos debruçamos sobre esta questão promovendo uma vasta revisão da literatura -últimos 30 anos- em busca de intervenções que tenham objetivado trabalhar esse tema aplicado à educação. Detectamos que algumas políticas públicas adotadas em vários países nas últimas décadas falharam na prevenção ao uso de drogas, principalmente porque se concentraram na imposição de medidas combativas ou coercitivas, investindo pouco ou nada em educação e prevenção. Portanto, ressaltamos que, a partir das informações encontradas, acreditamos que é importante promover a reflexão de que (neuro)cientistas precisam trabalhar de forma colaborativa- e em caráter multidisciplinar- com todos aqueles que, direta ou indiretamente, fazem parte da vida da criança e do adolescente, buscando pensar em soluções que possam aliar o conhecimento científico a busca de intervenções que possam retardar a experimentação de drogas por este público de forma a contribuir com a prevenção da transição do uso ocasional para o vício. Neste trabalho, iniciamos o desenvolvimento de um material em formato de cartilha para trabalhar este tema em escolas, estimulados pela elaboração do jogo que o nosso grupo desenvolveu recentemente. Pretendemos garantir o acesso à informação, de forma clara, precisa e baseada na ciência, democratizando o conhecimento e promovendo a reflexão crítica pautada na interação, no diálogo e no engajamento de diferentes profissionais no tema, para que os jovens possam, a partir daí, fazer suas próprias escolhas.