O romance tragicômico de Lourenço Mutarelli

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vilela, André Ricardo Freitas Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3523
Resumo: Analisa-se O cheiro do ralo e O natimorto de Lourenço Mutarelli a partir da perspectiva do romance tragicômico, que reúne o jocoso e o trágico como constitutivos da narrativa, fazendo com que o leitor não saiba, muitas das vezes, se ri ou se compadece. Ou seja, são provocados sentimentos antagônicos, mas que acabam por se complementar no decorrer da escrita de Lourenço Mutarelli. Nas narrativas e dramaturgias contemporâneas não se encontra mais tanto espaço para tragédias ou comédias como gêneros apartados. Se demonstra assim em nosso contexto, e como veremos na literatura de Mutarelli, o fim da grande segregação entre o nobre trágico e baixo cômico. Para sustentar nossa argumentação, comprovaremos que, ao contrário do que fala George Steiner sobre a morte da tragédia, é possível encontramos uma visão trágica em nossos dias, no entanto, reatualizada ao nosso contexto histórico-social. O caráter sério próprio da tragédia, não se sustenta mais em nosso mundo, onde não há mais nada que possa sobreviver a muita seriedade. Além disso nosso tempo, não temos mais os nobres heróis de outrora, mas é cada vez mais a figura do homem comum, do homem quotidiano, que vai sustentar o trágico. Um “homem sem importância” que não pode ser chamado de “herói”, a não ser impropriamente, pois estariam mais para os anti-heróis