Tratamento endodôntico com alargamento foraminal em sessão única em dentes com lesão periapical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guimarães, Ludmila da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
dor
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25370
Resumo: A presente tese apresentou dois propósitos: 1) avaliar a eficácia da fotobiomodulação na redução dos sintomas pós-operatórios e do uso de analgésicos em dentes com lesão periapical assintomática tratados com alargamento foraminal em sessão única; e 2) avaliar o impacto do alargamento foraminal em dentes com lesão periapical assintomática na qualidade de vida relacionada a saúde bucal (QVRSB). Além disso, avaliar se os fatores idade, sexo, etnia, grupos dentais, posição do arco, destruição da coroa, dor pós-operatória, edema e uso de analgésicos após o alargamento foraminal influenciam na QVRSB. Para o propósito 1, delineou-se um ensaio clínico randomizado, controlado, duplo-cego e de superioridade. Setenta pacientes que necessitavam de tratamento endodôntico em dentes unirradiculares com lesão periapical assintomática foram incluídos. Os participantes de pesquisa foram randomizados em dois grupos: 35 pacientes no grupo controle - alargamento foraminal, sem nenhum tratamento adicional, e 35 pacientes no grupo de fotobiomodulação - alargamento foraminal associado à fotobiomodulação. As variáveis de desfecho foram dor pós-operatória, dor ao toque, edema e uso de analgésicos. A intensidade da dor foi medida usando uma escala visual analógica (EVA) a qual foi registrada todos os dias durante 7 dias, no 14º e 30º dias após o tratamento. O edema facial foi avaliado subjetivamente por dois avaliadores independentes por meio de fotos tiradas 48 horas, 72 horas e 7 dias após os procedimentos. Os dados foram analisados, usando os testes U de Mann-Whitney, Qui-quadrado, Exato de Fisher, T de Student e Regressão Logística Ordinal no software SPSS. Não houve diferenças significativas na dor pós-operatória, dor ao toque, edema e uso de analgésicos entre os grupos em qualquer período de observação (p>0,05). Concluiu-se que a fotobiomodulação não teve efeito significativo na dor pós-operatória, dor ao toque, edema e uso de analgésicos após o alargamento foraminal. Para o propósito 2, um estudo longitudinal prospectivo foi desenhado e envolveu uma amostra de 105 participantes que necessitavam de tratamento endodôntico em dentes unirradiculares com lesão periapical assintomática. Após o alargamento foraminal em uma sessão, o impacto da QVRSB foi registrado pelo Oral Health Impact Profile (OHIP-14) no início do estudo e após 7 e 30 dias. Dados sobre as seguintes variáveis preditoras também foram coletados: idade, sexo, etnia, grupos dentais, posição do arco, destruição da coroa, dor pós-operatória, edema e uso de analgésico. Os dados foram analisados por meio dos testes de Wilcoxon, U de Mann- Whitney, Kruskal-Wallis e Regressão Linear Multivariada no software SPSS. O valor alfa foi estabelecido em 0,05. Todos os domínios do questionário OHIP-14 apresentaram diferença estatística entre os tempos avaliados (T0 vs. T7 / T0 vs. T30) (p<0,001), evidenciando um impacto positivo do alargamento foraminal na QVRSB, com efeitos moderados e grandes. No escore total, houve diferença significativa nas variáveis sexo (p=0,001), etnia (p=0,010) e destruição da coroa (p=0,002). O alargamento foraminal impactou positivamente a QVRSB em todos os domínios avaliados pelo OHIP-14, com efeitos moderados e grandes. Fatores como sexo feminino, participantes pardos e pretos, e extensa destruição da coroa influenciaram negativamente na QVRSB.