Análise dos sintomas pós operatórios após tratamento endodôntico utilizando protocolo de irrigação com clorexidina e crioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Hespanhol, Fernanda Garcias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22122
Resumo: Um dos aspectos importantes na prática endodôntica é o controle da dor pós-operatória. As limitações técnicas da instrumentação durante a terapia endodôntica e a complexidade da anatomia do sistema de canais radiculares faz com que as soluções irrigadoras exerçam papel fundamental durante o tratamento. Assim, a presente dissertação apresentou dois propósitos: i) avaliar a influência da crioterapia intracanal na redução da dor após o tratamento endodôntico (artigo 1); ii) avaliar a eficácia da clorexidina gel 2%,como irrigante principal,na redução dos sintomas após a terapia endodôntica com alargamento foraminal (artigo 2). O artigo 1, sob o aspecto metodológico, delineou uma revisão sistemática e metanálise. Foram realizadas buscas nas principais bases de dados (até 30 de julho de 2019) por meio de descritores, com a finalidade de selecionar títulos e resumos potencialmente relevantes dentro dos critérios pré-estabelecidos, com consequente avaliação qualitativa e metanálise. A revisão sistemática demonstrou que a crioterapia favoreceu a redução da dor pós-operatória após tratamento endodôntico. A metanálise observou que a crioterapia intracanal reduziu a dor pós-operatória em dentes com periodontite apical sintomática com 24 horas (MD, 2,69; IC 95%, 0,35 - 5,03; P = 0,02; I2 = 93%). Não houve associação entre grupos de crioterapia intracanal e controle (temperatura ambiente) em dentes com tecido periapical normal em relação à dor pós-operatória com 24 horas (MD, 0,09; IC 95%, 0,33 - 0,51; P = 0,68; I2 = 59%) e 48 horas (MD, 0,01; IC 95%, -0,10 - 0,11; P = 0,89; I2 = 0%). Pode-se concluir, no artigo 1, que a crioterapia intracanal foi eficaz na redução da dor pós-operatória após tratamento endodôntico em dentes com periodontite apical sintomática. A certeza de evidência segundo o GRADE foi muito baixa. O artigo 2 delineou um estudo clínico controlado e randomizado. Foram selecionados 70 pacientes que necessitavam de tratamento endodôntico em dentes unirradiculares com necrose pulpar e lesão periapical, e randomizados em 2 grupos: G.Controle (35 pacientes)- realizado alargamento 8 foraminal utilizando como principal irrigante o hipoclorito de sódio; G.Caso (35 pacientes)- realizado alargamento foraminal utilizando como principal irrigante a clorexidina. A intensidade da dor foi avaliada por meio da escala visual analógica (EVA) ao 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 14º e 30º dia após o término do tratamento endodôntico. O edema foi avaliado às 48 horas, 72 horas e 7 dias após o tratamento por análise clínica e fotográfica. O grupo da clorexidina apresentou os piores resultados em relação à dor pós-operatória. Houve diferença estatisticamente significante entre os grupos controle e caso no 2º dia após tratamento endodôntico (p <0,05). Considerando o edema, não houve diferença entre os grupos (p> 0,05). Pode- se concluir que a clorexidina como irrigante principal demonstrou maior dor pós-operatória após o tratamento endodôntico