Dependência, lei do valor e mercado mundial: estudo crítico sobre os fundamentos da teoria de Ruy Mauro Marini

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Aarão, Jônatas da Silva Abreu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34494
Resumo: Procura-se sustentar aqui que Marini, ao analisar os mecanismos de transferências de valor por meio do mercado mundial, parece possuir, em alguns pontos, uma leitura equivocada da lei do valor de Marx, a despeito de demonstrar logicamente como as economias latino-americanas assumem uma posição de dependência frente às economias imperialistas ao se inserirem no mercado mundial. Para chegar nessa caracterização, procurou-se apresentar a leitura de Marini com relação ao método e a teoria (lei) do valor de Marx. Nesse ínterim, indica-se que Marini parece ter uma concepção historicista do plano categorial de Marx e, por isso, assume uma orientação metodológica dúbia. A partir destas indicações, procura-se demonstrar que Marini compreende que o valor só se apresenta como regulador das relações de troca em uma “economia mercantil simples”. No modo de produção capitalista, o valor se apresenta meramente como uma base para o processo de formação de preços. Assim, o valor dá lugar a outro princípio regulador, a saber, o preço de produção. Em virtude disso e de uma compreensão limitada do caráter tendencial das leis reveladas por Marx em O capital, Marini ao revelar o segredo da troca desigual no comércio internacional de mercadorias e desnudar as transferências de valor que decorrem do pagamento de juros e royalties, bem como das remessas de lucro, acaba apresentando uma leitura que pode se desdobrar em posturas teóricas e políticas que são críticas a apenas alguns aspectos da sociedade capitalista, ao invés de apontar para a necessidade de supressão das relações econômicas internacionais.